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LAVA JATO | Lava Jato investiga gestão de Paes no Rio e legado de corrupção na Copa e Olimpíadas

quinta-feira 3 de agosto de 2017 | Edição do dia

Na manhã desta quinta-feira a Polícia Federal iniciou a operação Rio 40 graus para investigar integrantes da anterior gestão da prefeitura do Rio de Janeiro. A operação é um desmembramento da Lavajato no estado do Rio e das delações dos executivos da Carioca Engenharia e pretende apurar se o esquema de corrupção do ex-governador Sérgio Cabral se expandiu em outras administrações do PMDB no estado. A operação não tem mandados contra o ex-prefeito Eduardo Paes (PMDB).

No total foram 10 mandados de prisão que a PF emitiu nesta operação. O responsável pela operação Rio 40 graus é o juiz Marcelo Bretas. Os investigados são parte da pasta de licitação e fiscalização de contratos de obras da prefeitura sob a gestão de Eduardo Paes. O principal alvo é o ex-secretário de Obras, Alexandre Pinto. As investigações apontam que cobrou propinas em obras da Copa do Mundo na cidade e dos jogos olímpicos Rio 2016.

Luciana Salles Parentes, funcionária da Carioca Engenharia, afirmou em delação que "o pagamento de vantagens indevidas a representantes do governo do Estado do Rio e do município do Rio era prática usual e comum no mercado". Parentes afirmou também que Alexandre Pinto cobrou 1% de propina de um lote da obra do Transcarioca, obra de 2014 que liga o aeroporto internacional Galeão com a Barra da Tijuca. A licitação é do consórcio OAS/Carioca/Contern. A propina é 1% do valor total de R$780,8 milhões.

Delações apontam que o esquema se deu também nas obras da recuperação ambiental da bacia de Jacarepaguá, parte também do legado olímpico para a cidade do Rio. A obra custou mais de R$369 milhões. Existem também suspeitas de que o esquema se estendeu também no Ministério das Cidades com propina superior aos R$6 milhões.

Outros denunciados são servidores que recebiam os valores nos canteiros de obra, e cobravam cerca de 3% sobre os valores, entre eles estão Ricardo Falcão, Alzamir Araújo e Eduardo Fagundes, engenheiros fiscais das obras.




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