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ABC PAULISTA | “Ê, Ê, Ê esse governo é burguês”, centenas contra a reorganização em Santo André

sexta-feira 23 de outubro de 2015 | 00:00

Por volta das 6:30 da manhã dessa quinta-feira dezenas de estudantes começaram a se concentrar em frente a E.E. Dr Américo Brasiliense, escola histórica de Santo André que está entre as mais de 160 escolas que podem ser fechadas a partir do ano que vem pelo governador Geraldo Alckmin.

O objetivo era marchar contra a reorganização escolar que está sendo imposta pelo governo do Estado de São Paulo. Até agora todos sabem do fechamento de salas de aula e escolas através da televisão e grande mídia, mas nem governo, nem as Diretorias de Ensino e nem mesmo a Secretaria de Educação conversam com alunos, professores e pais sobre o que acarretará a série de mudanças que serão feitas na escola pública.

A falta de diálogo marca o caráter antidemocrático dessa reforma educacional, cujo único objetivo é cortar gastos e consequentemente precarizar ainda mais a educação pública super lotando as salas de aula e demitindo milhares de professores.

As 9hs uma grande passeata saiu do Américo rumo a Diretoria de Ensino de Santo André, eram cerca de 600 alunos, professores e pais que percorreram o centro da cidade e dialogaram com a população sobre a reorganização. A passeata foi saudada pelas pessoas que estavam nas ruas que mostravam apoio incondicional à demanda dos estudantes e professores.

Com cantos de “ê, ê, ê esse governo é de burguês”, “não a divisão”, o protesto passou por chuva forte e uma grande caminhada e chegou na DE expressando a força e a mobilização da juventude em luta por qualidade na educação e em defesa de suas escolas.

Alunos e professores reivindicaram uma nova conversa com a Diretora de Ensino da cidade, pois um dia antes desse grande ato, a DE esteve em diversas escolas tentando convencer alunos e professores de que a “reorganização” escolar não afetará suas vidas e assim buscavam desmobilizar o ato.

Ao contrário de acreditarem nos boatos e nas confusões que a DE tentou pregar, os manifestantes entendem que não é o momento de pensar em sua própria escola somente, mas de lutar unificados para vencer esse inimigo maior que são os governos e suas propostas de conter a crise cortando ainda mais as verbas para a educação pública.




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