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Santo André | Em defesa dos empregos, salários e um processo de atribuição justo para os professores da categoria O

Nesta terça-feira (6), professoras e professores se reuniram em frente à Diretoria de Ensino de Santo André contra as demissões na rede, por valorização, garantia de aulas para os professores categoria O e por um processo de atribuição justa e controlada pelos professores.

quinta-feira 8 de fevereiro | Edição do dia

A subsede da APEOESP de Santo André vem apurando há dias denúncias de professores que apontam irregularidades no processo de atribuição de aulas. Professores e professoras, que estão sem salário desde janeiro por conta de um sistema de contratação precário e estão fartos de serem humilhados.

O governo Tarcísio e o secretário da educação Renato Feder impuseram aos professores o último concurso da Vunesp como critério para atribuição de aulas. Porém este concurso teve diversos erros nas provas e nas correções, além de exigir uma vídeo aula que eliminou arbitrariamente milhares de professores. Um concurso fake para manter a categoria dividida entre efetivos e contratados sem direitos. A categoria mais afetada como sempre é a categoria O, trabalhadores que exercem a mesma função dos efetivos mais não têm os mesmos direitos.

A carreira dos professores e o seu tempo de serviço foram submetidos a esse concurso ilegítimo. Muitos que possuem mais de uma década de trabalho no Estado estão sem perspectiva de voltar às suas antigas escolas ou mesmo de terem aulas.

Esta situação, imposta pelo governo, prejudica o conjunto das comunidades escolares, pois estes professores, além de não terem a garantia das aulas, fazem falta no planejamento escolar anual que ocorre nas escolas essa semana para início do ano letivo. Da mesma forma que Tarcísio quer a água e os transportes privatizados, quer também a educação. Este processo de atribuição caótico se combina com assédio moral, retirada de direitos e enxugamento da formação básica dos alunos, nos moldes do Novo Ensino Médio mantido pelo governo Lula/Alckmin.

Maíra Machado, coordenadora da subsede da Apeoesp de Santo André, afirma que o protesto foi para mostrar que a categoria está unida, sejam os professores concursados ou não. “A grande maioria são professores ‘O’, que estão sendo colocados na rua sem nenhuma garantia. Tivemos um concurso arbitrário em que para a atribuição de aulas conta com 90% referente a pontuação do concurso e o tempo de experiência conta só 10%. Hoje a maioria dos professores do Estado é categoria ‘O’, esses não têm os mesmos direitos. Eles são obrigados a pegar mais de 25 aulas, trabalhar em até três escolas diferentes, mas o Estado não dá oportunidade para terem vínculo, então o governo deixa-os de quarentena por meses, o que é até contra a lei trabalhista”.

A direção da subsede de Santo André aponta que o caminho deve ser o da organização coletiva e independente dos governos e seus representantes, para assim acumular força unificando efetivos e contratados para arrancar as reivindicações legítimas dos professores e batalhar pelo direito a escola pública e de qualidade dirigida pelos próprios trabalhadores da educação e pelas comunidades.

Nós, professoras e professores do Nossa Classe Educação estamos na coordenação da Subsede da Apeoesp em Santo André, e atuamos em outras regiões e cidades como Campinas e São Paulo na zona norte e zona oeste. Acreditamos na força da mobilização dos professores para enfrentar a extrema direita de Tarcísio e seus ataques, para lutar pela revogação integral do novo ensino médio e todas as reformas e privatizações. Defender a efetivação, sem a necessidade de concurso público, de todos os mais de 96 mil professores já contratados, dos agentes de organização escolar com contratos temporários e de todos os terceirizados da limpeza e da merenda. Somos todos educadores: igual trabalho, igual salário e direitos!




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