×

QUINTA-FEIRA VERMELHA | Com maioria do MTST, ato marcha pela Avenida Paulista contra a retirada de direitos

sexta-feira 26 de junho de 2015 | 00:05

Ontem ocorreu a chamada "Quinta-feira Vermelha" que teve convocatória assinada por MTST, CUT, CTB, PSOL e várias outras organizações. O PSTU e a CSP-Conlutas se somaram com convocatória própria. Com ampla maioria de militantes do MTST, o ato atingiu cerca de 10 mil pessoas em São Paulo, com pouca expressão dos setores da esquerda.

A CUT esteve presente com menos de 5 sindicalistas marcando presença no carro de som e com dois balões, o que mostra que assinou a convocatória formalmente. CTB sequer foi localizada. Para além do MTST, esteve presente o MST de Taboão, a Intersindical, com delegações de Campinas, Santos e da capital, Metroviários de São Paulo, Sintusp e outras categorias também. Algumas correntes do PSOL, como a Ação Popular Socialista, o MES, a CST, e a Unidos para Lutar, participaram com algumas dezenas de militantes. ANEL carregava faixa com os dizeres "Nenhum direito a menos". O PSTU e o MRT também organizaram blocos com dezenas de militantes.

A manifestação fez uma parada em frente ao escritório de Dilma na Avenida Paulista. O objetivo era pressionar pela liberação das verbas para moradia, já que neste mesmo dia ocorria negociação entre MTST e o governo.
Conversamos com Diana Assunção, diretora do Sintusp e dirigente do MRT, que também participou com convocatória própria: "Como dissemos em nossos materiais acreditamos que este tipo de manifestação, em que pese a importância de todas as pautas levantadas, não termina sendo parte um plano de luta efetivo pra enfrentar os ataques de Dilma. Isso se dá principalmente porque a burocracia sindical não quer organizar nenhuma luta séria contra o governo, ao contrário, querem blindar o governo de qualquer possibilidade de desenvolvimento de uma verdadeira força independente dos trabalhadores, por isso assinam tranquilamente estas convocatórias". Diana também apontou que a própria esquerda não teve peso no ato: "Mesmo os sindicatos e organizações da esquerda estiveram com pouca expressão, pois estes atos não aparecem para os trabalhadores como parte de um plano de luta efetivo pra barrar os ataques".

Diana finalizou dizendo que "Nós, do MRT, participamos com uma forte denúncia a Dilma e Lula, cujos nomes sempre são poupados nas convocatórias unitárias. Denunciamos por um lado a política da redução da maioridade penal, e aumento da pena de prisão para 8 anos, ao mesmo tempo que denunciamos a retirada de direitos contra os aposentados. Precisamos de um plano de luta efetivo, que denuncie e exija da burocracia sindical muito mais do que estão fazendo hoje".




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias