O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, afirmou nesta terça-feira que não pensa em convocar eleições gerais antecipadas antes de que haja um acordo firme com os sócios europeus.
terça-feira 14 de julho de 2015 | 23:40
"Não tenho razões para convocar eleições, dependerá do que acontecer em meu partido, em nosso parceiro (de governo)", disse Tsipras em entrevista à televisão pública grega, na qual acrescentou que sua prioridade é "conseguir um programa" e a partir de então "teremos tempo para conflitos internos e com a oposição".
Perguntado sobre a possibilidade de uma ruptura no seio do Syriza, pois sua corrente mais esquerdista declarou que não vai respaldar o acordo na votação de amanhã no parlamento, Tsipras assegurou que fará "tudo o que puder para manter a unidade do Syriza e do grupo parlamentar", mas ressaltou que "cada um arcará com sua responsabilidade".
Sobre a correlação de poder político na União Europeia, o primeiro-ministro salientou que esta "pode mudar" se nas eleições espanholas vencerem "forças parecidas" ao Syriza, razão pela qual assegurou querer permanecer no governo até que aconteça o pleito na Espanha.
À pergunta de quando abrirão os bancos, que hoje completaram 16 dias fechados, respondeu que poderão fazê-lo uma vez que o acordo alcançado na segunda-feira em Bruxelas tenha sido ratificado pelos parlamentos na zona do euro que requerem essa votação.
"Nos próximos dias, se obtivermos um aumento dos empréstimos do ELA (créditos de emergência do Banco Central Europeu aos bancos), poderemos aumentar a quantia máxima de saques de dinheiro e possibilitar outras operações", comentou.
Tsipras esclareceu, no entanto, que a suspensão do controle de capitais será "progressiva", porque, como houve uma perda de confiança, os bancos não podem abrir imediatamente.
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