A sigla que tem 13 parlamentares na Câmara e nenhum no Senado, e votou a favor do golpe e da terceirização contra a classe trabalhadora, também fez parte do governo de Dilma e do PT.
quinta-feira 6 de abril de 2017 | Edição do dia
O PTN, Partido Trabalhista Nacional, que possui 13 deputados na Câmara dos Deputados – tendo votado a favor do golpe institucional e da terceirização, por exemplo – anunciou o rompimento com o governo de Michel Temer. O comunicado foi oficialmente feito para o Palácio do Planalto nesta quarta-feira, 05, e decidida durante reunião dos parlamentares com o ministro da Secretaria do Governo, Antonio Imbassahy.
Um dos principais motivos para o rompimento foi a falta de espaço do partido no governo golpista. O PTN queria, em troca dos votos que atacaram a classe trabalhadora, a presidência da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), cargo que ocupava no governo petista de Dilma Rousseff. Hoje, o posto é ocupado por uma indicação pessoal de Temer, Antônio Henrique Pires, que deve já conhecer mais de perto os ataques e projetos privatistas do atual governo.
O Partido, além de entregar os cargos (apenas do ‘primeiro escalão’), ameaça votar contra a Reforma da Previdência pela falta de “agradecimentos” de Temer – e não porque acreditam que o fim da previdência é ruim aos trabalhadores. Também não anunciaram se passarão a atuar como partidos de oposição, ou de forma independente, deixando a entender que poderá continuar atacando – já que é só mais um partido de aluguel da burguesia – os direitos do trabalhadores, jovens e grupos oprimidos.