Temer disse nesta terça-feira (7) que fará uma “escolha pessoal” para substituir Alexandre de Moraes no Ministério da Justiça. Ao que tudo indica, Temer é pressionado por seu partido, PMDB, para nomear um nome da sigla, sendo que, o PSDB já vem ocupando várias posições no governo, inclusive a mais nova indicação de Moraes para o STF.
quarta-feira 8 de fevereiro de 2017 | Edição do dia
O PSDB vem ocupando muitas posições importantes dentro do governo golpista de Temer, aumentando suas influências no governo e agora no judiciário com o tucano Moraes no STF. A influência do partido cresceu após a nomeação do deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA) para ministro da Secretaria de Governo e de Luislinda Valois (PSDB-BA) para o Ministério dos Direitos Humanos. Agora, o PMDB tem seis ministros e o PSDB, cinco.
Sob pressão do PMDB por mais espaço no governo, Temer avalia no momento dois nomes para contemplar a sigla: o ex-secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro José Beltrame e o deputado federal Osmar Serraglio (PR). Beltrame que foi Secretário de Segurança no Rio de Janeiro e pediu demissão no ano passado após dez anos no cargo, foi a cara da repressão e violência contra a juventude, sobretudo a juventude negra e pobre da periferia. Por outro lado, Osmar Serraglio ficou conhecido por ser um dos grandes aliados de Eduardo Cunha e presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados no ano passado, sendo parte das muitas manobras para salvar Cunha do processo que levaria a cassação de seu mandato.
O partido do presidente golpista vem aumentando a pressão por mais espaço no governo, principalmente após a entrega ao PSDB da Secretaria de Governo, antes sob o comando de Geddel Vieira Lima (PMDB). Contudo, a cúpula do PSDB, por sua vez, sinalizou no Planalto que a indicação de Antonio Imbassahy (BA) para a Secretaria de Governo já contemplou o partido. A disputa por espaço entre os dois partidos golpista só não esconde o desejo comum de ambos, escolher os melhores nomes para aprofundar os ataques e a repressão.
Na terça-feira (7) quando Temer foi perguntado sobre quando pretende nomear o novo ministro da justiça, Temer disse que seria em cerca de 15 dias. Tempo suficiente para que o nome de Moraes seja aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado que já demostrou muita aceitação da indicação do tucano para o STF.
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