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Pernambuco | Raquel Lyra está demitindo professores contratados, deixando escolas sem professores

Denúncias tem chegado que, nas escolas onde tem chegado professores convocados pelo concurso feito recentemente, os contratos temporários estão tendo que ser devolvidos e tendo seu contrato rescindindo, sem a possibilidade de se relocalizar em outra escola, mesmo que a escola tenha lacunas de professores e mesmo que outras escolas da Rede também tenham.

sexta-feira 23 de junho de 2023 | Edição do dia

Após alguns anos sem concurso, ano passado houve um certame de professores para a rede estadual de ensino de Pernambuco. Os professores aprovados, lutaram pelo seu direito à convocação e conseguiram do governo que ele chamasse os primeiros aprovados agora em junho, faltando ainda o cadastro de reserva. Apesar disso, tal conquista, na mão do governo de Raquel Lyra, não se torna concretamente uma melhoria na educação, e sim, uma forma de tentar dividir a categoria.

Denúncias tem chegado de que a orientação das Gerências Regionais é para que, nas escolas onde estão chegando os professores que tomaram posse, obrigatoriamente um professor que está como contrato temporário tenha de ser retirado da escola. Além disso, a esse professor, não é dado o direito de se relocalizar em outra escola, e sim está ocorrendo a rescisão do contrato. Isso ocorre mesmo que a escola tenha lacunas de professores, e mesmo que várias escolas estejam ainda precisando de professores. Dessa forma, o concurso público está sendo utilizando não para ampliar e fortalecer o quadro docente, mas para dividi-lo.

Quem trabalha ou tem filhos na rede estadual sabe das deficiências da rede. Falta professores as vezes por todo o ano letivo, além disso, é cada vez mais difícil encontrar escolas que ofertem ensino noturno, impedindo que jovens trabalhadores consigam estudar. Portanto, a demissão de contratos se trata de mais precarização das escolas, e deixará milhares de professores sem trabalho do dia para a noite.

Tal medida vem no mesmo tempo onde o governo se recusa a dar o piso na carreira de professores, e onde há denúncias que falta merenda e materiais básicos, como papel ofício. Ao mesmo tempo, Raquel se reúne com diversos empresários no programa Juntos pela Educação. Portanto, seu projeto para a educação é precarizar o ensino público, atacar os professores e entregar tudo aos interesses dos empresários da educação privada.

Nesse sentido, é necessário exigir imediatamente a não demissão dos professores contratados. Isso não significa se colocar contra a convocação dos professores aprovados, pelo contrário, há várias deficiências na rede como já foi mencionado acima. Por isso, é necessária a convocação imediata dos professores aprovados, inclusive o cadastro de reserva, mas não para demitir os professores contratados, e sim para suprir as deficiências atuais da educação pública pernambucana.

No entanto, a discussão também precisa ir mais além. São milhares de professores que trabalham por anos ou até mesmo décadas como professores contratados temporariamente. Esse tempo de trabalho é suficiente para mostrar toda a capacidade que os mesmos tem para cumprir a sua função. Ao mesmo tempo, mesmo trabalhando iguais aos professores efetivos, são negados aos mesmos direitos como carreira, a previdência do Funafin e a mesma estabilidade, dentre outros. Portanto é necessário também lutar pela efetivação de todos os professores contratados, garantindo assim direitos aos mesmos e, consequentemente, um melhor educação pública.




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