quarta-feira 19 de maio de 2021 | Edição do dia
Imagem: Marcelo Camargo, Agência Brasil
O ex-ministro Pazuello após fugir da CPI da Covid, finalmente está depondo desde as 9h15. Entre as, milhares de coisas absurdas que ele falou, uma delas foi sobre a tese da imunidade de rebanho, afirmando que “não pode estar apoiado nessa tese. Tem que partir para a vacinação.” O ex-ministro da Saúde, admitiu que o deputado Osmar Terra (MDB) defendia a tese da imunidade de rebanho, mas afirmou que essa tese “não é plena” e que era zero a possibilidade de Osmar Terra colocar a imunidade e rebanho como programa do ministério. Pazuello também afirmou que a tese “não é plena” e “como a gente não sabe como isso se comporta no coronavírus, a gente não pode achar que o fato de todo mundo se contaminar protege.”
Apesar de Pazuello negar que o governo Bolsonaro adotou a tese da imunidade de rebanho, o que aconteceu na prática foi o contrário. Grande parte do povo trabalhador passou a pandemia inteira sem testes massivos, sem pode fazer quarentena recebendo seus salários, exposto ao vírus dentro de transportes públicos lotados. Trabalhadores precários, até mesmo os que faziam parte do grupo de risco, não puderem se afastar, pois os capitalistas e governos atuaram junto para deixar o povo exposto ao vírus sem nenhuma política de emergência. Sendo o povo pobre trabalhador e negro a maioria dos contaminados e dos que morreram.
Bolsonaro sempre manteve sua política negacionista diante do vírus, sendo que as 432 mil mortes poderiam ser evitadas se tivesse vacina para todos. A situação drástica de Manaus foi um dos ápices com o colapso de sistema de saúde, sem oxigênio para a população e pessoas sendo enterradas em dezenas de covas abertas, também mostram que a tese da imunidade de rebanho foi adotada pelo governo Bolsonaro e seu ministro Pazuello. Não será pela CPI da Covid realizada pelo regime do golpe saída para que os trabalhadores deixem de morrer.
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