×

ATO CONTRA OS ESTUPROS NA USP | Estudantes da USP realizam ato contra os estupros e a presença da polícia no campus

Nessa quarta feira as estudantes da universidade de São Paulo saíram em um ato por dentro do campus denunciando os estupros e a violência contra as mulheres, assim como o papel da polícia no campus

Odete AssisMestranda em Literatura Brasileira na UFMG

quinta-feira 1º de outubro de 2015 | 00:01

Apesar da chuva e do tempo ruim, mais de cem mulheres da Universidade de São Paulo se reuniram em um ato que começou em frente a reitoria, passou por diversos institutos e terminou na moradia estudantil, o Crusp. O ato foi tirado na II Plenária de Mulheres da USP, nele as mulheres se colocavam contra a presença da polícia no campus, contra os estupros e a violência, mas também contra o machismo institucional da reitoria que se expressa desde a defesa dos estupradores da medicina até a não abertura das vagas nas creches ano que vem.

Sabemos que a reitoria vem num processo de profundo ataque à universidade, o projeto de desmonte da prefeitura do campus é o mais claro exemplo de como a reitoria está ofensiva em sua política de ataques. A resistência dos trabalhadores da prefeitura que declararam greve contra o desmonte, mas também contra todos os ataques do reitor em defesa de uma universidade pública e de qualidade, deve ser tomada como um exemplo.

É preciso que o movimento de mulheres, que vem sacudindo a universidade dizendo que não vamos aceitar caladas a violência e o machismo, se una a luta desses trabalhadores, para que juntos possamos erguer uma batalha unificada que possa efetivamente barrar o desmonte da USP, pela abertura de todas as vagas nas creches, contra a presença da polícia no campus, mas também lutar por uma universidade aberta e viva, uma universidade com mais iluminação, circulares, uma universidade onde qualquer mulher possa se sentir a vontade nesse ambiente.

No semestre passado os trabalhadores da prefeitura da USP entraram em greve por mais de 20 dias contra o assédio, o machismo e a homofobia dos chefes. Agora estão novamente em greve e nós, que lutamos por uma universidade a serviço das mulheres, LGBT, negros e toda a população pobre e trabalhadora, devemos nos unificar nessa luta com os trabalhadores.

Na próxima plenária de mulheres, marcada para o dia 7 de outubro, devemos debater um plano concreto de lutas para nos colocarmos ao lado dos trabalhadores da prefeitura, mas também discutir com todos os estudantes da USP a necessidade de lutarmos contra os ataques e transformarmos as demandas das mulheres em uma luta conjunta de todos aqueles que estudam e trabalham na USP.




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias