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ATO CONTRA OS ESTUPROS NA USP
Estudantes da USP realizam ato contra os estupros e a presença da polícia no campus
Odete Assis
Mestranda em Literatura Brasileira na UFMG

Nessa quarta feira as estudantes da universidade de São Paulo saíram em um ato por dentro do campus denunciando os estupros e a violência contra as mulheres, assim como o papel da polícia no campus

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Apesar da chuva e do tempo ruim, mais de cem mulheres da Universidade de São Paulo se reuniram em um ato que começou em frente a reitoria, passou por diversos institutos e terminou na moradia estudantil, o Crusp. O ato foi tirado na II Plenária de Mulheres da USP, nele as mulheres se colocavam contra a presença da polícia no campus, contra os estupros e a violência, mas também contra o machismo institucional da reitoria que se expressa desde a defesa dos estupradores da medicina até a não abertura das vagas nas creches ano que vem.

Sabemos que a reitoria vem num processo de profundo ataque à universidade, o projeto de desmonte da prefeitura do campus é o mais claro exemplo de como a reitoria está ofensiva em sua política de ataques. A resistência dos trabalhadores da prefeitura que declararam greve contra o desmonte, mas também contra todos os ataques do reitor em defesa de uma universidade pública e de qualidade, deve ser tomada como um exemplo.

É preciso que o movimento de mulheres, que vem sacudindo a universidade dizendo que não vamos aceitar caladas a violência e o machismo, se una a luta desses trabalhadores, para que juntos possamos erguer uma batalha unificada que possa efetivamente barrar o desmonte da USP, pela abertura de todas as vagas nas creches, contra a presença da polícia no campus, mas também lutar por uma universidade aberta e viva, uma universidade com mais iluminação, circulares, uma universidade onde qualquer mulher possa se sentir a vontade nesse ambiente.

No semestre passado os trabalhadores da prefeitura da USP entraram em greve por mais de 20 dias contra o assédio, o machismo e a homofobia dos chefes. Agora estão novamente em greve e nós, que lutamos por uma universidade a serviço das mulheres, LGBT, negros e toda a população pobre e trabalhadora, devemos nos unificar nessa luta com os trabalhadores.

Na próxima plenária de mulheres, marcada para o dia 7 de outubro, devemos debater um plano concreto de lutas para nos colocarmos ao lado dos trabalhadores da prefeitura, mas também discutir com todos os estudantes da USP a necessidade de lutarmos contra os ataques e transformarmos as demandas das mulheres em uma luta conjunta de todos aqueles que estudam e trabalham na USP.

 
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