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PESQUISA POR AMOSTRA DE DOMICÍLIOS | Em 2014, foram 7,3 milhões sem emprego, mulheres são a maioria e com os menores salários

sábado 14 de novembro de 2015 | 00:00

Aumento no desemprego, mulheres são maioria

O contingente de desocupados (pessoas de 15 anos ou mais de idade que não estavam trabalhando e que tomaram medidas efetivas para conseguir um emprego) aumentou 9,3% (617,2 mil pessoas) em 2014, chegando a 7,3 milhões.

Todas as regiões apresentaram expansão da desocupação, principalmente Sudeste (15,8%) e Nordeste (5,2%). Mais da metade (56,7%) dos desocupados eram mulheres; 28,3% nunca tinham trabalhado; 34,3% eram jovens de 18 a 24 anos de idade; 60,3% eram pretos ou pardos; e 50,1% deles não tinham completado o ensino médio.

A taxa de desocupação cresceu de 6,5% para 6,9% entre 2013 e 2014 no país, sendo a menor taxa observada na região Sul (4,0%) e a maior no Nordeste (8,0%).

A falta de emprego é maior entre os jovens e as mulheres, segundo os grupos de idade, a população mais jovem tinha as maiores taxas: de 15 a 17 anos de idade (25,7%) e de 18 a 24 anos de idade (15,2%). Para os homens, em 2014, a taxa de desocupação era de 5,3% e para as mulheres, 8,8%.

A população ocupada totalizou 98,6 milhões de pessoas em 2014, com um crescimento na parcela de ocupados com 60 anos ou mais (de 7,5% para 8,2% dos ocupados), seguindo a tendência de aumento da participação dos idosos na população residente no país e também é uma evidência da precarização da vida dos aposentados que buscam emprego para complementarem a renda proveniente da previdência.

Pessoas com ensino médio completo (30,1%) e ensino fundamental incompleto (26,4%) predominaram na população ocupada e a participação de ocupados com ensino superior completo cresceu de 13,9% para 14,3%.

Salário e renda dos trabalhadores

Rendimento dos trabalhadores domésticos sobe 1,4% de 2013 para 2014
Os empregados e trabalhadores domésticos receberam em média R$ 1.603 em 2014, cerca de 1,4% a mais do que a média do ano anterior (R$ 1.581). Os trabalhadores domésticos com carteira de trabalho assinada mostraram crescimento nos rendimentos de 2,8% (de R$ 928 para R$ 954) e os trabalhadores domésticos sem carteira de trabalho assinada, de 4,4% (de R$ 571 para R$ 596).

Os rendimentos dos trabalhadores com carteira assinada aumentaram 1,3% (de R$ 1.662 para R$ 1.683), enquanto os militares e estatutários apresentaram acréscimos de 3,3% (de R$ 2.858 para R$ 2.951). Para os trabalhadores por conta própria, o aumento foi de 1,2% (de R$1.468 para R$1.485).

Diferença salarial entre mulheres e homens, embora em ligeira queda, permanece elevada

As mulheres receberam, em 2014, 74,5% do salário dos homens, em valores, o salário das mulheres foi, em média, de R$ 1480,00 enquanto o dos homens chegou a R$ 1987,00 , ambos abaixo do salário mínimo do DIEESE, cerca de R$ 3000,00. Outra forma de observar o diferencial do rendimento por sexo é pela análise da proporção de pessoas que receberam até um salário mínimo em 2014: 21,5% dos homens ocupados contra 30,6% das mulheres ocupadas receberam um salário mínimo.

Com os ajustes fiscais de Dilma e do PT, a mulheres continuarão a serem as mais atacadas pelos cortes nos gastos sociais e nos direitos, os dados da PNAD reforçam como, desde 2014, a desaceleração e a crise econômica no país já vem sendo mais sentida pelas mulheres, que recebem menos que os homens pelo mesmo trabalho e que são as mais afetadas pelos desemprego.

Fonte dos dados: IBGE




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