terça-feira 4 de agosto de 2015 | 11:01
Ciclo de cinema africano que mostrará 5 filmes produzidos no Continente africano, vai ao ar no canal TV Brasil as 23h durante essa semana. Confira abaixo quais serão os filmes apresentados, todos inéditos no Brasil.
“Calypso Rose”
Iniciou ontem o ciclo de Cinema Africano na TV Brasil, que produz ciclos de cinema de diversas temáticas e nacionalidades, com documentário sobre a vida de Calypso Rose, diva tobaguiana de 75 anos, que para realizar o documentário foi acompanhada pela cineasta franco-camaronesa Pascale Óbolo durante quatro anos, em uma turnê que percorreu Paris, Nova Iorque, Trinidad, Tobago e África. O documentário aborda não só a memória, o intercâmbio e a descoberta de diversas culturas do mundo, mas é também a jornada de uma mulher militante feminista e autêntica, que apresenta as diversas perspetivas da arte afro-caribenha. O documentário recebeu Menção Honrosa no Festival de Ourdah e foi reconhecido em outros festivais de cinema ao redor do mundo.
Título original: Calypso Rose. País de origem: Trinidad e Tobago, França e EUA. Ano: 2011. Gênero: documentário. Direção: Pascale Óbolo. Duração: 85 min. Classificação Livre.
“Eu amo Kuduro, de Angola para o mundo”
Fenômeno na internet e nas festas em 2010, sendo apresentado ao Brasil por uma música do cantor Latino, o gênero musical angolano é retratado neste documentário de Mário Patrocínio, mostrando um cenário em que os estilos musicais criados nas periferias, como o funk carioca, ganham maior visibilidade, com beats pesados, graves distorcidos e repleto de sensualidade.
O documentário acompanha as maiores estrelas e personagens do kuduro em Angola, como o jovem cantor Cabo Snoop, famoso em vários países da África por seu hit "Windeck", inspirado no tema "Lean Back", do rapper americano Fat Joe. Indicado para inúmeros prêmios nacionais e internacionais, o músico venceu a categoria "Brand New Artist" da MTV África, além de também trazer depoimentos de conceituados artistas do país que dão uma perspectiva sobre o que representa o kuduro na sociedade angolana.
Mais popular movimento cultural urbano de Angola, o kuduro surgiu em Luanda, capital do país africano, há cerca de 30 anos. O ritmo consiste numa mistura de batidas eletrônicas, toques de dança, animações vocais e movimentos corporais exuberantes, numa explosão de cores e estilos únicos. O documentário foi premiado na categoria Melhor Cinematografia no Festival de Cinema de Países de Língua Portuguesa (Cineport).
Título original: I Love Kuduro, From Angola To the World. País de origem: Angola. Ano: 2014. Gênero: documentário. Direção: Mário Patrocinio, com Cabo Snoop, Francis Boy, Nagrelha, Hochi Fu, Tony Amado, Sebem, Tekasala, Shunnoz. Duração 90 minutos. Classificação: 16 anos
“O Preço do Perdão”
Inspirado no romance homônimo do escritor Mbissane Ngom, o drama conta a história de um vilarejo da costa sul do Senegal, que a vários dias está coberto por um nevoeiro, que impede a entradas das pequenas embarcações no mar. Este cenário serve de fundo para a história do jovem Mbanik, filho do ancião da vila que está doente, que ganha a confiança do povo e cativa a jovem Maxoye, mas seu sucesso desperta a inveja de Yatma, seu amigo de infância.
Título original: Le prix du pardon. País de origem: Senegal. Ano: 2002. Gênero: drama. Direção: Mansour Sora Wade, com Alioune Ndiaye, Dienaba Niang, Gora Seck, Hubert Koundé, James campbell, Rokhaya Niang, Thierno Ndiaye Doss. Duração: 90 minutos. Classificação: 12 anos
“Ezra”
Drama nigeriano mostra com, o jovem Ezra ex-lutador da Serra Leoa, tenta superar os horrores da guerra civil enquanto tenta voltar a uma vida normal após a guerra que devastou o seu país. A rotina do rapaz é dividida entre um centro de reabilitação psicológica e um tribunal de reconciliação nacional organizada sob os auspícios da ONU, no qual esta sendo acusando pela irmã do assassinato de seus pais. O jovem, porém, não se lembra de nada. Toda a confusão e violência dessa experiência é vista nas recordações do atormentado adolescente..
Selecionado para a Semana da Crítica emCannes, o drama nigeriano dirigido por Newton I. Aduaka conquistou o Grande Prêmio no Festival Ouagadougou.
Título original: Ezra. País de origem: Nigéria. Ano: 2007. Gênero: drama. Direção: Newton I. Aduaka, com Mamoudu Turay Kamara, Mariame N’Diaye, Mamusu Kallon, Richard Gant. Duração 103 minutos. Classificação: 16 anos.
“Virgem Margarida”
Margarida é uma adolescente de 16 anos que foi enviada á força com outras 500 mulheres por engano para um centro educacional para ex-prostitutas na selva, onde são obrigadas a aprender novas regras de convivência e a redescobrir o seu papel em uma Moçambique independente, onde após séculos de colonização portuguesa, o novo regime procura limpar as ruas da prostituição. Unidas pela adversidade, as mulheres se unem em um plano para escapar daquele lugar infernal. Margarida torna-se a representação de liberdade e de pureza.
O longa conquistou o Prêmio do Público e Menção Honrosa no Festival de Amiens. O drama ainda ganhou o prêmio de Melhor Filme no Festival de Montreal.
Título original: Virgem Margarida. País de origem: Moçambique. Ano: 2014. Gênero: drama. Direção: Licínio Azevedo. Duração: 90 minutos. Classificação: 16 anos
