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REFORMA POLITICA | Câmara aprova financiamento de campanha por empresas, PSOL vota contra

sexta-feira 14 de agosto de 2015 | 00:00

O Plenário da Câmara dos Deputados concluiu as votações, em segundo turno, da proposta de emenda à Constituição da reforma política (PEC 182/07). Na votação desta quarta-feira (12), os deputados aprovaram o financiamento de campanhas com doações de pessoas físicas a candidatos e a partidos e de empresas a partidos. O texto foi aprovado por 317 votos a 162.

Inicialmente, destaques do PT e do PPS pediam a retirada apenas da parte do texto que permite a doação por empresas. No entanto, esses destaques foram indeferidos após decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, na qual acatou questão de ordem dos deputados Leonardo Picciani (PMDB-RJ) e Mendonça Filho (DEM-PE).

Para garantir a votação em dois turnos do tema, o artigo todo foi votado novamente e não somente a parte pretendida pelos partidos contrários ao financiamento privado de campanhas.

No primeiro turno, a matéria foi aprovada por 330 votos a 141. Com o encerramento das votações em segundo turno, a PEC será enviada ao Senado. No final das contas somente o PT e PSOL votaram contra a medida.

A cara de pau do PT

Em meio a operação Lava Jato e sem ter votado sequer em seu congresso partidário o fim do financiamento privado, o PT, imiscuído do começo ao fim com corrupção e esquemas de financiamento privado que perpassam financiamentos legais e extra-legais, votou contra a medida.

Trata-se de medida tardia da sigla de Lula e Dilma de tentar se desvencilhar dos esquemas de corrupção que tem sua própria sigla de epicentro.

PSOL votou contra, argumentando que financiamento privado é “investimento” pelas empresas

Além do PT também votou contra a bancada do PSOL e alguns parlamentares de diferentes partidos.

Frente a votação deste projeto, Chico Alencar (PSOL-RJ) tomou a tribuna e argumentou contra este projeto e declarou o voto contra do partido. Veja abaixo vídeo reproduzido de seu Facebook:

A posição correta adotada pela bancada do PSOL na Câmara neste tema, votando toda contra o financiamento privado de campanha significará o mesmo em seu congresso partidário?

Será aprovado uma resolução do mesmo tipo, proibindo Luciano Genro e sua corrente, o MES, que já receberam dinheiro antes da gigante da siderurgia Gerdau, da fabricante de armas Taurus e na última eleição da gigante regional do varejo Zaffari?

Evidentemente que o dinheiro recebido por Luciana e sua corrente não chega nem perto do recebido pelo PT, porém os germes do PT de hoje, neste quesito ao menos, já estava no “pequeno” dinheiro de empresários que já aceitavam nos anos 80 e 90. A votação do PSOL na Câmara é um bom contraponto a um vício petista, que coloca em xeque o princípio de independência frente aos empresários.

Esquerda Diário / Agência Câmara




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