Um novo dia de greve nacional e jornada de mobilização se prepara para esta quinta-feira, 09/05, na Argentina, para fazer frente à saraivada de ataques postos pelo governo reacionário de Milei contra o povo trabalhador. Desde o PTS, partido irmão do MRT na Argentina, lutamos por uma greve total e pela continuidade da luta frente à votação no Senado da chamada “Lei de Bases”!
terça-feira 7 de maio | Edição do dia
A Argentina se prepara para uma jornada de greve e mobilização nesta quinta-feira, 09/05. Convocado no dia 1º de maio, em meio ao dia de luta histórico da classe trabalhadora, a paralisação ocorre em um momento no qual, mesmo diante da histórica resistência da classe trabalhadora argentina, que já logrou vitórias contra Milei, como a derrota da chamada “Lei Omnibus”, o governo a serviço do FMI tenta a todo custo impor seu plano anti-operário e anti-popular de ajustes. Salários, pensões e auxílios sociais são devastados ao mesmo tempo em que avanças as demissões e as escaladas de impostos. Enquanto isso, e com ajuda da “oposição” colaboracionista, que apenas quer se apresentar como melhor gestora do capitalismo argentino, sem combater até o final, de forma consequente, os planos de Milei, o governo avança, com sua chamada Lei de Bases e o Pacote Fiscal, dois grandes ataques, indo para votação no Senado, que representariam entre outros, a imposição de uma brutal reforma trabalhista, que flexibiliza ainda mais as relações de trabalho e tira direitos; o aumento da idade de aposentadoria para mulheres; um ataque à soberania energética; a privatização de empresas públicas estratégicas, como as Aerolíneas Argentinas e a Ferrocarriles; o retorno do imposto sobre salários e mais uma série de benefícios para os ricos às custas da piora das condições de vida dos trabalhadores.
Diante desses ataques e da necessidade de reagir, nossos campanheiros do Partido de los Trabajadores Socialistas (PTS), partido irmão do Movimento Revolucionário de Trabalhadores, que impulsiona o Esquerda Diário, batalham diariamente, com suas posições no parlamento assim como na luta nas ruas para fortalecer a autoorganização dos trabalhadores desde baixo para construir uma forte resistência aos ataques de Milei e erger uma alternativa da nossa classe!
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Para isso, levantam a necessidade urgente de que as grandes centrais sindicais argentinas, como a Confederação Geral do Trabalho (CGT) e a Central de Trabajadores y Trabajadoras de la Argentina (CTA) organizem efetivamente a paralisação do dia 09, para que seja massiva e represente um contundente golpe ao governo. Estas centrais, assim como as correntes políticas às quais pertencem, têm preservado uma passividade que abre caminho aos ataques. Diante a tudo que o governo aprovou até aqui, pouco apelaram à mobilização, nunca efetivamente construindo a luta nos locais de trabalho. Os deputados da Unión por la Patria, coalizão do antigo governo Kirchnerista e do candidato derrotado, Sérgio Massa, limitaram-se a votar contra, sem apelar à mobilização. O seu objetivo político é administrar o país ao serviço do FMI e dos grandes empresários, mas com um pouco mais de regulação estatal, como foi no governo anterior. Não querem derrotar a totalidade do plano Milei, muito menos através da ação dos trabalhadores. É preciso exigir dessas grandes centrais que romapam de imediato com essa paralisia!
Para que a mobilização do dia 09 seja efetiva, o PTS, que atua dentro da Frente de Izquierda y de Trabajadores - Unidad (FIT-U), defendemos que a paralisação inclua, necessariamente, uma greve total dos transportes! Caso contrário os empregadores obrigarão milhões de trabalhadores, especialmente precários e informais a furarem a greve. A direção do sindicato dos transportes garantiu que iria aderir à paralisação, mas é sabido que muitas vezes não cumprem. Por isso, a CGT deve garantir que todas as linhas paralisem no dia 09! Em segundo lugar, se a greve tiver essa contundência e força, os trabalhadores argentinos estarão em melhores condições para continuar a luta até que todos os ataques sejam revertidos. Por isso é preciso exigir que a CGT, a CTA e todos os sindicatos organizem uma greve geral e dia de mobilização quando a Lei de Bases e o Pacote Fiscal forem discutidas no Senado.
Porém, para tudo isso, é preciso que haja assembleias em todos os locais de trabalho para debater entre todos como vencer esta luta. Existe, entre os trabalhadores, muita raiva e muita disposição para a luta, mas é preciso que colocar essa força em movimento. Somos nós que movemos o país. É preciso preparar a greve geral que derrotará todo o plano de Milei, do FMI e das grandes corporações para criar uma saída popular e da classe trabalhadora para a crise!
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