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Solidariedade internacional | Centrais sindicais francesas e argentinos residentes em Paris se manifestam em apoio à greve geral na Argentina contra Milei

Organizações de argentinos residentes em Paris conjuntamente com a Intersindical que reúne as principais centrais sindicais da França emitiram declarações contra o plano de ataques do governo ultradireitista de Milei e em apoio à greve geral que toma a Argentina nesta quinta feira. É preciso organizar, também aqui no Brasil, a solidariedade internacional com a luta dos trabalhadores argentinos!

quinta-feira 9 de maio | Edição do dia

Teve início nesta quinta-feira, 09/05, a greve geral na Argentina contra os ataques do governo de Milei aos trabalhadores e ao povo argentino. Se juntando a fábricas que já estão paradas desde ontem à noite, setores desde os ônibus até aeroviários paralisam por toda a Argentina. Desde nossa organização irmã na Argentina, o Partido de los Trabajadores Socialistas (PTS), que lá impulsiona o jornal La Izquierda Diario, integrante da rede internacional de diários militantes, socialistas e revolucionários, se soma à luta desde os locais de trabalho e estudo, impulsionando nas fábricas, sindicatos e assembleias de bairro a auto-organização e a confiança nas forças da nossa classe para defender os direitos dos ataques da ultradireita de Milei, ao mesmo tempo que exige das grandes centrais sindicais que efetivem o plano de lutas, mobilizando os grandes batalhões da nossa classe para a luta.

Acompanhe aqui, pelo Esquerda Diário, a paralisação geral na Argentina contra Milei e seus ataques!

Do outro lado do Atlântico, na França, a solidariedade operária se mobiliza em apoio à luta dos argentinos. A Intersindical, que reúne sindicatos como CGT, CFDT, FO e Solidaires, emitiu um comunicado intitulado “Solidariedade com os trabalhadores em luta na Argentina contra os planos de ajuste do Governo Milei”. Na declaração, pedem a mobilização nesta quinta-feira, 9 de maio, às 16h (horário local) para a Praça da República em apoio à luta dos argentinos.

No comunicado, afirmam que:

As políticas de Milei representam um perigo mortal para todos os trabalhadores, para os serviços públicos e para o ambiente, e um desrespeito pelos princípios democráticos mais elementares.

Nossas organizações sindicais CFDT, CGT, FO, FSU, UNSA e Solidaires expressam toda a sua solidariedade com os trabalhadores e trabalhadoras da Argentina, e em particular com as centrais sindicais CGT, CTA-T e CTA-A. Os apoiamos incondicionalmente no processo de luta que deflagraram para fazer frente às políticas mortíferas de Milei e seu governo.

Nossas organizações sindicais CFDT, CGT, FO, FSU, UNSA e Solidaires unem-se ao apelo da ACAF (Assembleia de Cidadãos Argentinos na França) para se reunirem na quinta-feira, 9 de maio, às 16h, na Place de la République, em Paris, para expressar nossa solidariedade aos trabalhadores e sindicatos que lutam pela defesa de seus direitos e da democracia.

Na convocação feita pelo Coletivo Argentina em Luta e pela Assembleia de Cidadãos Argentinos na França, os grupos reivindicam “a luta dos trabalhadores contra o plano econômico e político antipopular, saqueador, repressivo e poluente do presidente de extrema direita Javier Milei”, assim como "em repúdio às medidas reacionárias de Milei, que com o DNU antidemocrático, a Lei de Base e o protocolo anti-piquetes que reprime as manifestações populares, tenta subjugar 100 anos de direitos e conquistas sociais"

No mesmo sentido, exigirão que as centrais sindicais argentinas “continuem o plano de luta e a greve geral até derrotarem o plano de Milei, dos patrões, do FMI e de seus cúmplices ”.

“Finalmente, manifestamos toda a solidariedade às assembleias de bairro, setores de trabalhadores e estudantes que se auto-organizam e lutam nas ruas face a estes ataques ”, conclui o comunicado, levantando a bandeira de

Não à Lei de Bases! Não ao DNU! Não ao protocolo antimanifestação!

É urgente organizar, também aqui no Brasil, a solidariedade com a luta dos trabalhadores argentinos! Tal como com a odiada Lei Omnibus, que os argentinos derrubaram com a força de sua luta, mostrando a disposição da classe trabalhadora do país para resistir aos ataques, uma vitória para nossa classe no país vizinho será uma vitória para a classe em todo o mundo, e um muito necessário suspiro de vida para a luta em nosso próprio país! No Brasil, os trabalhadores seguem sofrendo as consequências desastrosas de mais de uma década de ataques neoliberais feitos ao gosto dos grandes capitalistas, que só se intensificaram após o golpe de 2016, dado justamente para acelerar as privatizações, reformas e retiradas de direitos que o governo Dilma já vinha levando a frente. Agora, o governo Lula-Alckmin não apenas não planeja revogar nenhum desses ataques, mostrando-se o "bom gestor" do legado do golpe que a conciliação de classes pretende ser, como impõe novos ataques, como os impostos pelo Arcabouço Fiscal, que seguem da lógica neoliberal de impor a crise para os trabalhadores pagarem: retira bilhões da saúde e educação enquanto metade do orçamento público (R$2,3 trilhões) é apenas para o pagamento da dívida pública.

Por isso, o arrocho salarial dos técnicos, que se arrasta por quase uma década, se mantém sob o governo de conciliação. E, assim como fazem os argentinos, é com a força da nossa luta, centralizada pela auto-organização desde as bases e independência dos governos, que podemos derrubar o reajuste zero e o Arcabouço Fiscal.

Os argentinos mostram o caminho para se enfrentar com os ataques, em defesa da educação pública, dos salários e dos direitos!




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