Um recém filiado ao PSOL fez declarações homofóbicas. A direção estadual do PSOL repudiou. Virginia Guitzel, ativista LGBT deu uma declaração ao Esquerda Diário
domingo 4 de outubro de 2015 | 10:13
Nessa semana as redes sociais foram tomadas pela repercussão de um jornal Juruá Online, onde publicava uma matéria de um recém filiado do Acre, signatário da tese da Unidade Socialista, se dizia contrário ao ingresso de ativistas e militantes LGBT. O dito cujo dizia que “Hoje a religião está em primeiro lugar dentro do PSOL. No Acre, esse grupo que tem essa tendência, nós não estamos nem conversando com eles. Esse grupo está completamente isolado no PSOL. Nós estamos encaminhando um pedido para que sejam excluídos do partido.”
Segundo a nota de esclarecimento a população da Direção Estadual do Partido Acre publicada em 02 de Outubro, afirmam que o mesmo fez seu pedido de filiação em Julho de 2005 não tendo ainda sido aceito seu pedido. E que inclusive não há ainda um diretório municipal oficial do partido.
A notícia e essas declarações contrárias aos LGBT vão na contramão do interesse e da atração que a juventude e os setores oprimidos sentiram com esse partido quando Luciana Genro denunciou pela primeira vez a transfobia em rede nacional. Quando se enfrentou com Levy Fidelix e defendeu que o mesmo fosse preso caso fosse aprovada a lei da criminalização da LGBTfobia. Para seguir esse caminho de aliança com os setores mais oprimidos da sociedade e garantir cada vez mais a partipação política dos que mais sofrem com este sistema de opressão e exploração, é preciso não apenas recusar o pedido de ingresso deste senhor, como seguir expulsando todos os membros que concordarem com tais posições reacionárias.
Virgínia Guitzel que é ativista trans do grupo de mulheres Pão e Rosas declarou "É extremamente chocante que dentro da esquerda ainda se encontrem posições como esta. No país onde mais morrem homossexuais do mundo, tal declaração é não apenas um ataque e uma ofensa aos direitos LGBT como uma completa recusa de se enfrentar com o que há de mais reacionário hoje no parlamento, um caminho abandonado pelo PT que está marcado por suas alianças com todo tipo de opressor e explorador. Para ser coerente com seu discurso, o minimo seria expulsar esse filiado e todos os homofóbicos dentro do PSOL.".
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