A cidade de Jandira, zona oeste de São Paulo, está em alerta por conta de incêndio esta manhã em uma empresa química da região. Há o risco de vazamento de ácido clorídrico que quando inalado pode afetar os pulmões e até levar à morte.
segunda-feira 10 de fevereiro de 2020 | Edição do dia
O ácido clorídrico quando na forma gasosa ou diluído em água é altamente corrosivo e irritante à pele, mucosa e olhos. A inalação do gás ou de gotículas do ácido pode provocar danos nas vias aéreas e até destruição do epitélio pulmonar e morte.
Por orientação do Corpo de Bombeiros o tráfego na Rodovia Castello Branco está interditado nos dois sentidos desde as 10 horas da manhã de hoje.
Segurança dos trabalhadores em primeiro lugar, não para o governo federal
Nesta segunda-feira, São Paulo amanheceu submersa no caos. São até agora 88 desabamentos e 132 pontos de alagamento. A cena se repete ano após ano. Em 2019, mais de 10 pessoas morreram nas enchentes de março.
Diante desse cenário desolador lembramos da MP 905/2019 lançada pelo governo federal ano passado com intuito de precarizar ainda mais o contrato de trabalho cortando diversos direitos trabalhistas, dentre eles a caracterização de acidente de trabalho durante percurso. Ou seja, de acordo com a MP se o trabalhador sofrer qualquer tipo de acidente indo ou voltando do trabalho, por exemplo contrair doença devido à enchente, algum acidente ou mesmo a inalação de produto tóxico como é o caso de Jandira, o trabalhador fica sem auxílio nenhum do Estado e não tem nenhuma ajuda financeira durante a recuperação.
É necessário nesse momento a garantia que nenhum trabalhador sofra desconto de salário, para que não corram risco ao sair de casa, e nem haja perseguição nos locais de trabalho ou sejam obrigados a terem que pagar horas. E é necessário também a disponibilização dos prédios e espaços públicos para abrigar a população que mora em áreas de risco, ou pessoa que estão desabrigadas devido aos deslizamentos.
Temas