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Greve | Trabalhadores da saúde do RN entram em greve exigindo a reposição das perdas salariais

Amanhã, dia 19 de julho, começa a greve estadual da saúde por melhorias nas condições de trabalho, como a reposição das perdas salariais de 21,87% para a saúde; a implementação e pagamento do adicional dos técnicos de radiologia; o reenquadramento respeitando o tempo de serviço e outras demandas. Chamamos a cercar de solidariedade essa luta e ao ato da saúde estadual nesta quarta-feira no Walfredo Gurgel, Av. Sen. Salgado Filho no bairro Tirol, às 09:00hrs.

Éri MahinEstudante de Ciências Sociais da UFRN e militante da Faísca Revolucionária

Marina EstrelaEstudante de Letras da UFRN e militante da Faísca Revolucionária

terça-feira 18 de julho de 2023 | Edição do dia

Os trabalhadores da enfermagem enfrentam uma situação de precarização das condições de vida e trabalho mesmo após todo o período da pandemia estarem na linha de frente do combate a COVID-19, apesar do negacionismo de Bolsonaro e Álvaro Dias. Essa política da extrema-direita que desconta a crise nos trabalhadores e precariza a saúde atacando a enfermagem, vem sendo levada adiante no RN pelo governo de Fátima que se recusa a garantir os direitos da enfermagem. Não é a primeira vez que o governo da Fátima Bezerra (PT) ataca a categoria da saúde, no ano passado se apoiou na terceirização para descontar a crise nas costas das trabalhadoras terceirizadas da empresa SAFE, que entraram em mais de 20 dias em greve pelo pagamento de salários, décimo terceiro, multa e vales transporte e alimentação que se acumularam durante dois meses.

O mesmo governo responsável pela reforma da previdência no estado, que ao mesmo tempo atacou o piso da enfermagem e agora se recusou por tanto tempo a pagar o piso dos professores da rede estadual. Precariza a saúde junto ao bolsonarista do prefeito Álvaro Dias (Republicanos), que em Natal não contrata servidores, já atrasou de pagamento de terceirizados e ainda deixou pegar fogo na maternidade Araken. Se alia com as oligarquias do estado, e garante a política de "responsabilidade fiscal" que garante os interesses capitalistas, junto ao governo Lula-Alckmin aderindo ao novo Arcabouço Fiscal, em detrimento dos direitos dos trabalhadores, mostrando como a conciliação fortalece a direita.

Por isso é urgente que o conjunto dos trabalhadores e estudantes do RN cerquem de solidariedade a luta da saúde não só no em nível estadual mas em todo Brasil, como se demonstra nos trabalhadores da enfermagem que estão numa batalha incansável pelo piso salarial. Esse piso que foi tão atacado pelo STF, o qual articulou o golpe de 2016, apoiador de todas as reformas e que agora suspende o piso da enfermagem através do Barroso, que inclusive esteve na mesa de abertura do 59° Congresso Nacional da UNE e foi rechaçado pela juventude Faísca Revolucionária levando cartazes em apoio ao piso salarial e ergueu uma faixa dizendo "Barroso: Inimigo da enfermagem e articulador do Golpe de 2016! Que vergonha, direção da UNE!"

Tudo isso mostra que a luta contra a precarização trabalho deve se dar com nenhuma confiança no governo Lula-Alckmin e nas instituições do Estado, de forma independente dos governos e dos patrões, e sim confiando apenas nossas próprias forças através da aliança da classe trabalhadora, da juventude e dos setores oprimidos.

Nesse sentido fazemos um chamado a todes a levarem solidariedade no ato da saúde estadual nesta quarta-feira no Walfredo Gurgel, Av. Sen. Salgado Filho no bairro Tirol, às 09:00hrs. Em especial fazemos uma exigência que os sindicatos controlados pela CUT e CTB, dirigidos pelo PT e PCdoB, devem organizar os trabalhadores em apoio a essa luta, unificando por exemplo dos rodoviários pelo reajuste salarial, em uma só luta contra os ataques. Assim como a CSP-Conlutas, que está a frente da greve do DETRAN e do Sindsaúde a unificarem a categoria em greve com a luta da enfermagem.

Mas também que o DCE da UFRN e outras entidades estudantis controladas pela majoritária da UNE (UJS, PT e Levante) que organizem os estudantes ao lado da greve da enfermagem. Chamamos os centros acadêmicos e entidades dirigidos pela Correnteza, UJC e Juntos que componham esse ato em apoio a luta da saúde.




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