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Terceirizados UFRN | Terceirizados do canteiro de obras da UFRN vivem descaso e armazenam comida em chocadeiras improvisadas

Nesta última terça-feira, trabalhadores terceirizados da UFRN iniciaram uma paralisação contra a empresa D&L pelo pagamento de salários atrasados e do retroativo desse o mês de novembro do ano passado, assim como pelo reajuste do auxílio alimentação e a garantia de almoço e café da manhã, direitos fundamentais para a categoria.

Emilly VitoriaEstudante de ciências sociais na UFRN e Militante da Faísca Revolucionária

quinta-feira 10 de agosto de 2023 | Edição do dia

Os trabalhadores terceirizados da UFRN frequentemente precisam lidar com o descaso e ataques da empresa e da própria Reitoria da UFRN que não garantem nem o pagamento dos salários, o que demonstra que a estrutura de poder da universidade não está a serviço dos direitos e interesses dos próprios trabalhadores que garantem o funcionamento da UFRN, mas sim em descarregar a crise nas costas dos trabalhadores e dos estudantes mais precários.

Todo apoio à paralisação dos terceirizados do canteiro de obra da UFRN por pagamento dos salários

A precarização das condições de trabalho dos terceirizados é tão absurda que os mesmos precisam improvisar um equipamento que possa manter as quentinhas que eles levam de casa armazenadas para que não estraguem até a hora que possam comer. Através de um compartimento com uma lâmpada que gera calor, buscam manter aquecida a comida, que frequentemente estragam. Além disso, não tem o café da manhã garantido, frente a uma jornada de trabalho que se inicia entre 6-7h da manhã. No local destinado à refeição, foram retirados até mesmo os ventiladores de teto e não há outro meio de ventilação. Diante disso, nem a empresa D&L e nem a Reitoria garantem ao menos uma geladeira ou um microondas que sirva para os trabalhadores utilizarem, sendo que deveriam garantir as refeições desses trabalhadores.

A precarização do trabalho é fruto das retirada dos direitos trabalhistas do conjunto da classe trabalhadora com os ajustes e reformas, como a trabalhista e da previdência que foram aplicadas desde o governo Temer, aprofundadas pelo governo Bolsonaro e hoje o governo Lula-Alckmin se recusa a revogá-los, mas sim aplica ainda mais cortes e ataques como o recente corte milionário na educação e o arcabouço fiscal, novo teto de gastos que retira verba da educação e da saúde para o pagamento da dívida pública.

A Reitoria e a empresa também são responsáveis pela precarização dos trabalhadores da universidade, que sejam pagos os salários e garantidos os reajustes do auxílio alimentação, bem como se garanta a alimentação do conjunto dos trabalhadores no Restaurante Universitário que deveria ser gratuito e acessado por toda a demanda dos trabalhadores e dos estudantes! Lutamos também pela efetivação dos terceirizados sem concurso público e a revogação integral de todas as formas e cortes aplicados na educação pública.




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