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Mundo Operário | Terceirizados da Transpetro se mobilizam no Terminal da Baía de Guanabara

sábado 6 de janeiro | Edição do dia

Trabalhadores terceirizados da Petrobras Transportes, a Transpetro, atrasaram em duas horas a troca de turno na última quarta-feira, 03 de janeiro, no Terminal da Baía de Guanabara (TABG) como forma de protesto contra as empresas contratadas que não pagam rescisões, atrasam salários e benefícios e até tentam reduzir pela metade o valor do Vale Alimentação.

Segundo o site do Sindipetro [https://sindipetro.org.br/tabg-terceirizados-realizam-atraso-para-denunciar-desrespeito-aos-seus-direitos/], que representa os trabalhadores efetivos, este é o resumo da situação dos trabalhadores terceirizados no TABG, citando algumas das empresas terceirizadas e seus ataques:

Propav – Anunciou falência, dando um calote nos trabalhadores após término de contrato com a Transpetro. São trabalhadores demitidos sem receber suas rescisões e os que continuam estão sem seus pagamentos, sem vale transporte, sem vale refeição e sem plano de saúde. No TABG a empresa cumpria contrato de serviços de inspeção e manutenção com fornecimento de partes e peças em tanques. A empresa MIP está assumindo este contrato, absorvendo os trabalhadores da Propav.

TK Engenharia – Os trabalhadores tiveram o Vale Alimentação e Ticket Café suspensos, Vale Transporte atrasado, e não receberam o cartão da conta salário para movimentação bancária de seus salários.

EQS – Trabalhadores atuam no serviço de tancagem, com o contrato com a Transpetro descrito como prestação serviços de apoio técnico e administrativo. O contrato indica aplicação da tabela da Petrobrás, mas não é cumprido. O absurdo da situação é que a empresa enquadrou seus trabalhadores, que realizam atividade de tancagem e estocagem de gás, na representação sindical referente a atividade de asseio e conservação, utilizando a tabela salarial dos garis do Rio de Janeiro.

Vos Engenharia – Anunciou a redução pela metade o vale do Vale Alimentação aos seus trabalhadores, alegando que benefício não consta na convenção coletiva dos trabalhadores

Tanto as empresas terceirizadas quanto a Petrobras são responsáveis por esse descaso e pela precarização crescente das condições de trabalho. Não à toa, o TABG tem sido palco de acidentes, alguns gravíssimos, com equipamentos, vazamentos e até mesmo panes nas lanchas que transportam os trabalhadores.

Por este motivo, tanto os trabalhadores terceirizados quanto efetivos têm protagonizado uma série de lutas recentes neste terminal, inclusive com exemplos importantes de unidade.

No momento, de acordo com o sindicato da categoria, os trabalhadores efetivos do TAGB também estão em estado de greve. Em assembleia, além de rejeitarem a proposta de PLR da Transpetro, os trabalhadores votaram pontos de pauta específicos como: adicional regional de confinamento (ARC); adicional de regime especial de campo (AREC); aprovação da implementação do VA/VR com manutenção do Restaurante aberto; por aumento do efetivo; ponto eletrônico; hora extra troca de turno (HETT); treinamento; e fim da crescente e perigosa rotina de acidentes.

O Esquerda Diário se solidariza com a luta dos trabalhadores terceirizados. Sabemos que a terceirização é uma forma de aumentar a exploração e dividir a nossa classe, por isso defendemos a efetivação dos trabalhadores terceirizados sem a necessidade de concurso público. Lembramos também que a precarização do trabalho de modo geral e a terceirização, que já eram crescentes, aumentaram muito com a Reforma Trabalhista que foi aprovada no governo golpista de Temer, implementada no escabroso governo Bolsonaro e permanece intocada no governo Lula-Alckmin.




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