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AJUSTES | Temer "o fingidor" tenta dizer que não está aplicando a reforma trabalhista

terça-feira 20 de dezembro de 2016 | Edição do dia

Frente a alta desaprovação do próprio governo e dos ajustes que esta aprovando, como reforma da previdência e a PEC 55, o governo Temer agora "finge" ouvir as criticas as reformas trabalhistas e adia o debate sobre flexibilização da jornada de trabalho, para "por baixo" não só manter a flexibilização do trabalho como seguir o financiamento aos empresários.

Após reunião com centrais sindicais, Michel Temer resolveu adiar pauta sobre flexibilização do trabalho e vai renovar Programa Nacional de Proteção ao Emprego (PPE). Criado pela ex-presidente Dilma Rousseff, ele passará a se chamar Programa Seguro Emprego, o programa permite ao empresário reduzir a jornada de trabalho em até 30% e o salário dos trabalhadores, com o governo bancando pelo menos 50% da perda salarial com recursos do FAT (Fundo de Amparo do Trabalhador).

Chamado também de Programa de Proteção ao Empresário, assim o governo garante uma forma de repasse direto do dinheiro publico para garantir os lucros empresariais. Ou seja, ainda que fale que "esta ouvindo as criticas" na realidade é uma forma de fazer política demagógica com centrais sindicais atreladas ao governo e patronal, para falar que esta ouvindo enquanto implementa as reformas "por baixo"

Neste anoMichel Temer montou um grupo com membros das centrais sindicais como a Força Sindical, UGT e a NSCT junto com Eliseu Padilha para discutir a reforma da previdência. A intenção de Temer ao convocar este grupo é negociar com as centrais para servirem de transmissão de correia dos interesses do governo golpista dentro do movimento trabalhadores, contendo as possibilidades de revolta.

Por trás das críticas da burocracia sindical sobre a reforma trabalhista e a reforma da previdência, existe milhares de trabalhadores são contrários a estas medidas impopulares, pois tem plena consciência de que estes ataques vão piorar a condição de vida de milhares de pessoas. Neste sentido, a burocracia sindical tem consciência de que dependendo como for implementado a reforma trabalhista, pode acontecer uma revolta. Por sua vez, Temer também possui medo de que essa revolta atrapalhe seus planos.

Ao mesmo tempo, para agradar os grandes empresários, Michel Temer o governo vai editar uma medida provisória modificando e renovando o Programa Nacional de Proteção ao Emprego. Michel Temer quer incluir nesta medida, a jornada flexível de trabalho, que permite a contratação por horas de trabalho, em jornadas intermitentes. Algumas mudanças que o governo quer fazer na legislação trabalhista ficarão para depois.

O governo disse as centrais sindicais que no final de semana, reavaliaria esta questão e daria uma resposta na terça feira.

A verdade é que mesmo que estas centrais sindicais falem que são contrárias a reforma trabalhista e da previdência, elas continuam fazendo suas negociatas com Temer e os golpistas, mas também cumprindo um papel de sufocar qualquer luta de trabalhadores que aconteça no pais.




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