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MINAS GERAIS | Sob vaias e rechaço, vereadores votam retorno do IPTU em Contagem

A cobrança será feita nos imóveis com valor a partir de R$140 mil reais, e pretende arrecadar cerca de 60 milhões anualmente. A destinação desse valor não foi da ordem de interesse na proposta dos vereadores em seu projeto, apoiado pelo futuro prefeito Alex de Freitas, e assinado por seu vice Willian do Barreiro.

terça-feira 27 de dezembro de 2016 | Edição do dia

A sessão durou cerca de míseros 15 minutos. Com 20 votos, 15 foram os vereadores favoráveis a manter o pagamento do IPTU na cidade de Contagem a partir de 2017. O projeto foi assinado por 16 vereadores, entre esses o futuro vice prefeito, Willian do Barreiro, com o apoio do futuro prefeito Alex de Freitas (PSDB).

Seguindo a regra das administrações a serviço dos interesses dos ricos e dos poderosos, Alex de Freitas e seu vice Willian do Barreiro mostram a que vieram: fazer a crise ser paga pelos trabalhadores e pela população.

Uma das promessas de campanha de Alex de Freitas era seguir a isenção do IPTU na cidade. Porém, sequer tendo assumido a prefeitura já havia se pronunciado favorável à volta do imposto e articulou o contrário de sua promessa de campanha junto a seu vice. Uma “jogada” para tentar livrar sua gestão desse primeiro desgaste, sequer tendo assumido a prefeitura.

Agora, o atual prefeito tem mais 48 horas para sancionar o projeto. Caso o prefeito não sancione, o presidente da Câmara, Gil Diniz, passa a fazer valer na prática (nos termos legais, promulgar) a cobrança do imposto a partir do início de 2017.

Há 27 anos com a isenção do IPTU para imóveis abaixo de 720 metros quadrados, a nova regra passa a valer na cidade que está entre as 30 mais ricas do país, segundo o IBGE. A riqueza, que não é compartilhada por toda a população, será maior. Mas seguirá longe dos interesses e do controle dos trabalhadores e do povo contagense.

Uma Câmara assim, com os partidos que compõe majoritariamente seus cargos na atual Câmara e na que em breve assume, mostram-se subservientes a uma prefeitura que sequer assumiu. E portanto, nunca terá o interesse de votar ou propor medidas realmente favoráveis aos trabalhadores e à população, como a taxação das grandes fortunas e o fim da lei de responsabilidade fiscal.

Cabe à população lutar por seus direitos junto aos trabalhadores e se preparar para novos ataques da gestão tucana que em breve se apodera do cargo administrativo da cidade e contará com a maioria do apoio dos vereadores eleitos.




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