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PROCESSO DE CUNHA | Relator do processo pede cassação do mandato de Eduardo Cunha

Em sessão do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar que se encerrou às 19h30 de hoje (1), o relator do processo contra Eduardo Cunha, o deputado Marcos Rogério (DEM-RO) pede a cassação do mandato do ex-presidente da câmara.

quinta-feira 2 de junho de 2016 | Edição do dia

A leitura do extenso documento de 84 páginas começou às 14h, em seguida houve a fala do advogado de defesa de Cunha, Marcelo Nobre, que argumentou que o processo carecia de provas materiais por isso pode ser considerado natimorto.
Já argumentação de Rogério centrou-se na omissão de Eduardo Cunha de suas contas na Suíça durante seu depoimento na CPI da Petrobrás, “já há provas suficientes de que o deputado Eduardo Cunha usou do cargo de deputado federal para receber vantagens indevidas, ora praticando atos privativos de parlamentares, ora usando seu prestígio e poder para indicar aliados a postos-chave da Administração Pública, o que torna censurável sua consulta perante a CPI da Petrobras no sentido de negar peremptoriamente fatos que, logo depois, viriam a lume à sociedade”, afirmou.

Marcos Rogério alega, que devido as ações praticadas por Cunha antes e depois de seu depoimento voluntário, como gastos elevados com o cartão de crédito vinculado a sua conta na Suíça antes do depoimento e a contratação de um advogado suíço para desbloqueio de valores do Banco Julius Baer após a sessão, agravam ainda mais a quebra de decoro.

Elogiando excessivamente o relatório e o relator, o presidente da comissão José Carlos Araújo (PR-BA) encerrou a sessão aceitando o pedido de vista coletivo que adia a votação do parecer para a próxima terça-feira (7), às 9h30.

Como já viemos denunciando no Esquerda Diário a cassação de Eduardo Cunha busca na realidade “lavar a cara” do golpe institucional em curso no Brasil, derrubando o PT da presidência passando por cima do sufrágio universal e colocando no poder um grupo que nunca foi eleito senão por políticos corruptos e reacionários, com o aval do judiciário. Como mencionado pelos próprios políticos em gravações vazadas, é preciso que alguns sirvam de “boi de piranha”, criando assim um aspecto de imparcialidade nas investigações na Lava-Jato.

Ainda assim o afastamento de Cunha possui um grande valor simbólico, em especial hoje onde milhares de mulheres saem às ruas contra a cultura de estupro, que é reproduzida e disseminada pelas leis instauradas pelos deputados machistas e reacionários encastelados no congresso. Desta forma, resta a classe trabalhadora e as “minorias” uma luta dura independente com métodos radicalizados parar barras os ajustes, combater a arbitrariedade do judiciário e a direita reacionária.

Agência Câmara Notícias




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