sexta-feira 10 de julho de 2015 | 00:10
A esquerda está sendo proscrita das eleições. Dois aspectos diferentes da reforma política atingem o direito da esquerda se expressar nas mesmas. Por um lado a retirada do fundo partidário e do tempo de TV atinge as organizações da esquerda PSTU, PCB, PCO além do PPL. E, agora com a votação de nova clausula que exclui dos debates de TV todos partidos que tenham menos que nove deputados o PSOL também ficará excluído. Esta medida também afeta ao menos um partido burguês, o PV de Eduardo Jorge.
Estas novas medidas contra a esquerda, segundo informações preliminares divulgadas no Facebook por parlamentares do PSOL teriam sido votadas por todos partidos, inclusive PT e PCdoB. Esta proscrição à esquerda e com assinatura do PT e PCdoB mostram a falácia de todo discurso de “ofensiva conservadora” que busca exteriorizar ao PT e ao governo esta ofensiva. Não, o próprio PT é agente ativo da mesma, desde os “ajustes” a agora à proscrição da esquerda para se blindar em meio a sua crise. Esta reforma política mantém todos os partidos e parlamentares fisiológicos, ligados aos empresários mas afeta a esquerda.
Depois das Jornadas de Junho que, entre outras coisas, mostraram o rechaço e descontentamento dos jovens e do conjunto da população com o regime político e seus partidos, a resposta deste regime está sendo de restringir-se ainda mais. Cerceando o direito de expressão da esquerda, buscando blindar-se da possibilidade de emergência de organizações em meio à crise do PT.
É urgente uma campanha unitária de toda a esquerda para que esta possa se expressar nas eleições. Uma campanha que abarque as duas proscrições que estão sendo votadas. A esta campanha unitária organizações democráticas e populares deveriam se somar.
