Na manhã desta sexta-feira (27), os petroleiros da Petrobras iniciaram uma série de mobilizações em todo o país. Essas mobilizações são parte de um calendário de lutas construído pelas duas federações das categorias: a FUP, ligada a CUT, e a FNP, onde atuam setores à esquerda da central sindical.
sexta-feira 27 de outubro de 2023 | Edição do dia
Este calendário envolve atrasos e paralisações no dia de hoje em refinarias, no dia 30 as paralisações ocorrerão nas filiais subsidiárias da empresa, no dia 31 em prédio administrativos e no dia 01 nas próprias plataformas. A mobilização tem como objetivo, demonstrar a insatisfação da categoria com as propostas da empresa sob gestão do governo Lula-Alckmin, que mantém todos os ataques realizados pelos governos Temer e Bolsonaro.
A empresa, sob nova gestão, continua sendo gerida em benefícios de seus acionistas, em sua maioria, imperialistas detentores das ações da empresa em Nova York e Madrid.
A categoria decidiu aderir às mobilizações dos calendários, e no dia de hoje, a equipe do Esquerda Diário conseguiu acompanhar a ocorrência de atraso nas unidades: Comperj (RJ), Reduc (RJ), Rnest (PE), Regap (MG), Lubnor (CE), Rpbc (SP), Recap (SP), Revap (SP).
Na segunda-feira (30), será a vez dos trabalhadores das subsidiárias. Nesse dia, acontecerão atrasos em todos os terminais do país, em unidades da TBG (Transportadora Brasileira Gasoduto Brasil-Bolívia), PBIO e na Transpetro. As unidades como o Terminal da Baía de Guanabara (TABG) - que na última semana realizou greve unindo efetivos e terceirizados, pela reincorporação de dois trabalhadores terceirizados demitidos, e por melhores condições de segurança no trabalho- e setor de apropriação, na sede da Transpetro, farão uma forte mobilização com uma paralisação de 24 horas, demonstrando o seu repúdio à proposta, e também lutando por sua incorporação à Petrobras.
A demonstração do ânimo de luta dos petroleiros, que acontece ao mesmo tempo em que acontecem fortes ataques aos trabalhadores de São Paulo, com o governo privatista do bolsonarista Tarcísio, mostram que existe a possibilidade de avançar na coordenação da luta dos trabalhadores, como a partir de São Paulo, junto a petroleiros e outras categorias, e a possibilidade de organização de uma grande luta dos trabalhadores contra as privatizações de demais demandas da classe trabalhadora.
É fundamental que os petroleiros tomem com suas mãos os rumos deste movimento, confiando em suas forças, sabendo que o governo de conciliação de Lula e Alckmin segue gerindo a empresa em benefícios dos acionistas, bem como, vem promovendo uma série de ataques aos direitos dos trabalhadores, como algumas privatizações de refinarias no RN, o arcabouço fiscal, cortes na saúde e na ciência, como aconteceu com a CAPES na última semana, e do apoio ao governo assassino de Claudio Castro no RJ. Todo apoio à luta dos petroleiros!
