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Paralisação Geral na Argentina | Paralisação nacional na Argentina mobiliza diversas categorias de trabalhadores contra os ataques da extrema direita de Milei

Com menos de 45 dias de governo, Milei enfrenta uma forte paralisação geral contra as medidas de ataque como a Lei Ómnibus e o DNU.

quarta-feira 24 de janeiro | Edição do dia

Nesta quarta-feira acontece o terceiro protesto massivo na Argentina contra o governo de extrema direita de Milei, há 44 dias de seu governo. A paralisação nacional chamada pela CGT (Confederação Geral do Trabalho) e pela CTA (Central de Trabalhadores da Argentina) e à qual aderem o sindicalismo combativo, a assembleias populares, organizações sociais e a esquerda, vem mostrando força.

Desde terça-feira, as companhias aéreas, inclusive no Brasil, já anunciavam os impactos no cancelamento de voos para o país. Os transportes de logística de cargas aderiram à paralisação desde as primeiras horas do dia, mas o sindicato dos transportes públicos (Metrô, trens e ônibus) aderiu à paralisação apenas a partir 19 horas do dia de hoje, em comum acordo com a CGT, o que debilita a participação de um grande contingente de trabalhadores, como os próprios trabalhadores do transporte e os setores informais ou sem direitos sindicais por causa da coação que exercem as empresas e as patronais.

O sindicato dos trabalhadores do turismo, hotelaria e gastronomia da Argentina também aderiu e os bancários paralisaram a partir do meio-dia. Nas fábricas do país há grande adesão por parte dos operários, que estão parados desde o meio-dia também. Segundo matéria veiculada pelo UOL, cerca da metade das fábricas do país, incluindo Toyota, Stellantis e Ford, ficarão paradas no dia de hoje.

Estão paralisados docentes da rede pública de ensino e também das universidades, trabalhadores da imprensa, da saúde, limpeza urbana, caminhoneiros, judiciais e muitos outros. Sindicatos como ATE (Associação de trabalhadores do Estado) anunciam que 95% de seus filiados estão aderindo à paralisação.

A classe trabalhadora na Argentina mostra qual o caminho para enfrentar a extrema direita de Milei, Bullrich e Caputo, que precisa passar pelo rechaço à conciliação com a burguesia e seus representantes, ao contrário do que faz o PT aqui no Brasil com o aval de distintos setores da esquerda. A contundente resposta dos trabalhadores na Argentina, junto a organizações sociais, políticas e sindicais, de direitos humanos e culturais mostra qual caminho devemos seguir: a luta nas ruas com a classe trabalhadora, buscando expressar uma força independente dos governos e dos patrões.




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