Os metroviários de São Paulo aprovaram em assembleia realizada nesta quarta-feira (23) greve unificada dia 28 com os professores, ferroviários e sabespianos, contra as terceirizações, privatizações, demissões e os cortes na educação.
sexta-feira 24 de novembro de 2023 | Edição do dia
Dia 28 vai ter greve unificada! Os Metroviários votaram pela realização de uma paralisação unificada no dia 28 de novembro, em uma luta unificada contra os ataques do governo e em defesa de um serviço público, gratuito e de qualidade para a população. Os professores também aprovaram e vão paralisar, se somando à Sabesp e também à CPTM.
O governador Tarcísio segue tendo uma postura intransigente e está implementando uma ofensiva de ataques contra o funcionalismo público de São Paulo. Fechando escolas, realizando cortes na educação, perseguindo sindicalistas e trabalhadores que lutam, avançando nas privatizações como a da Sabesp, terceirizando inúmeros setores e um sem-fim de medidas de ataque aos trabalhadores.
Um projeto que vem sendo fortalecido pelo governo Lula-Alckmin com acordos como o PAC, que dará milhões para Tarcísio aplicar em privatizações e também um apoio político, dando ministério ao partido de Tarcísio e colocando na base do governo, sem falar em exemplos como o metrô de Belo Horizonte que foi privatizado pelo governo federal.
Por tudo isso, a paralisação unificada dos trabalhadores no dia 28, a unidade dos trabalhadores efetivos e terceirizados e a unidade com a população que vem se mostrando bem forte, é extremamente decisivo para barrar esse projeto de privatização, cujos efeitos a população sente na pele e é cada vez mais difícil esconder como o drama das milhares de famílias que ficaram sem energia elétrica por dias por culpa da ENEL, e a própria Via Mobilidade que obriga os passageiros a andarem sobre os trilhos com falhas que já são o "normal".
Frente a essas batalhas, a unidade dos trabalhadores pela base é fundamental. Para de fato realizar uma greve com uma força que faça o governo tremer e para impedir que seu projeto seja colocado em prática, é preciso avançar nas medidas de autoorganização dos trabalhadores, para que em cada uma das categorias de maneira coordenada decida os rumos do movimento.
Foi nesse sentido, que nós do Movimento Nossa Classe, como ala minoritária do sindicato dos metroviariis, reafirmamos na ultima assembleia a exigência para que as centrais sindicais rompam com a política do governo de Lula-Alckmin, como o atual apoio que prestam ao BNDES que está intermediando toda a agenda de privatizações a nível estadual e nacional. E, passem, imediatamente a convocar uma greve geral em SP contra as privatizações e ataques de Tarcísio.
Exigência essa que a CUT, a CTB, a UGT e Psol (Resistência), a frente dos sindicatos que irão realizar a paralisação se negam a fazer. Por isso, precisamos ter uma direção democrática do movimento, baseada na auto-organização, com um comando de delegados eleitos nas bases de cada categoria em luta. Apresentamos, também essa proposta na última assembleia, contudo ela não pode ser apreciada pelos trabalhadores na votação final, já que todas as forças atuaram para impedir que fosse a votação.
Por que é fundamental um comando de greve para a paralisação do dia 28 de novembro?
Dia 28 tem que ser um dia fundamental e iremos construir com toda força, organização e unidade, colocando a necessidade de ir além, de definir um plano de lutas que derrote esse governos, que derrote as privatizações, que derrote as terceirizações, todos os ataques e que nos levantemos contra todo tipo de perseguição aos trabalhadores por lutarem por seus direitos e pelos direitos da população. Pela reintegração imediata de todos os metroviários demitidos!
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