Metroviários, ferroviários, trabalhadores da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) e trabalhadores e estudantes da USP decidiram em assembleias por paralisar dia 3/10 contra as privatizações de Tarcísio de Freitas (Republicanos). É preciso cercar de solidariedade essas lutas nacionalmente e batalhar pela unidade de todas as categorias em luta para que a base dos trabalhadores e estudantes dirijam esse processo como um grande exemplo nacional contra as privatizações e a precarização da educação.
quarta-feira 27 de setembro de 2023 | Edição do dia
Na Universidade de São Paulo, estudantes e trabalhadores deflagraram uma forte greve contra a precarização das Universidades e estão exigindo a contratação de professores para poderem estudar. Denunciam também como a USP se prepara para se adaptar ao Novo Ensino Médio que oferece somente precarização para a juventude trabalhadora. Estudantes de diversos cursos reunidos em assembleia, decidiram pela necessidade de levar a greve para fora da universidade e apostar na unidade com os trabalhadores da própria USP, mas também metroviários, ferroviários da CPTM e trabalhadores da Sabesp contra Tarcísio, que quer avançar com tudo para vender a água e os transportes para uma verdadeira máfia capitalista sedenta para lucrar com o aumento das tarifas, a precarização dos serviços e das nossas vidas.
Nesta terça-feira (26) ocorreu um forte ato de estudantes nas ruas de SP, no mesmo dia em que os trabalhadores da Sabesp também votaram por aderir à greve do próximo dia 3 de outubro contra as privatizações de Tarcísio. A unidade com estudantes, ferroviários e metroviários pode ser explosiva e vitoriosa, além de servir como um forte exemplo para trabalhadores do país todo para a construção de um plano de lutas contra as reformas anti-operárias que o governo Lula/Alckmin mantém junto com o Arcabouço Fiscal e a conciliação de classes, que abre caminho para a extrema direita concedendo ministérios para partidos bolsonaristas como o Republicanos de Tarcísio e o PP.
O Arcabouço Fiscal de Lula e Haddad, que é um novo teto de gastos, deixou de fora as privatizações para facilitá-las, ao mesmo tempo que limita os gastos em saúde e educação condicionando esses investimentos (vistos como gastos) a um crescimento econômico incerto. Tudo para honrar com uma dívida pública trilhonária e fraudulenta que é uma verdadeira bolsa banqueiro.
O plano de Tarcísio é privatizar todas as linhas do Metrô e da CPTM, assim como a Companhia de Saneamento Básico (Sabesp) até 2025, apoiado na política de conciliação de classes do governo federal que abre caminho para isso. Por isso é de suma importância a unificação e a nacionalização dessas lutas contra as privatizações. É preciso que a base das categorias se reúnam para exigir de suas direções sindicais e das direções das centrais sindicais, como a CUT e a CTB, que construam essa luta unificada em todas as categorias imediatamente, ligando todas as demandas dos trabalhadores e estudantes contra as reformas, como a trabalhista e da previdência que avançaram com o golpe de 2016, contra as privatizações e contra o Arcabouço Fiscal e pelo não pagamento da dívida pública. Nessa perspectiva nós do Movimento Nossa Classe e do Esquerda Diário lançamos cinco propostas para unificar e fortalecer as lutas em São Paulo, que você pode ler aqui. Por uma greve geral contra as privatizações de Tarcísio!
Somente os trabalhadores de diversas categorias auto organizados e unificados com os estudantes podem barrar os planos draconianos de Tarcísio e dos capitalistas que querem descarregar ainda mais a crise sobre o povo pobre e trabalhador. É preciso batalhar pela estatização de todos os transportes, de toda a saúde e educação e saneamento básico, sob controle dos trabalhadores pela base, em aliança com os usuários. Pois são os trabalhadores e usuários que sabem como ninguém do que falta e como os serviços podem ser melhor prestados à população e não os capitalistas que colocam seus lucros à frente das nossas vidas!
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