sexta-feira 3 de julho de 2015 | 00:05
A Polícia Federal, na 15ª fase da Operação Lava-Jato, prendeu nesta quinta-feira o ex-diretor da área Internacional da Petrobras Jorge Zelada, apontado por um dos delatores do processo como suposto beneficiado do esquema de corrupção.
Zelada foi detido em sua residência no Rio de Janeiro e transferido para Curitiba. O nome do ex-funcionário da estatal foi mencionado pelo ex-diretor de Abastecimento, Paulo Roberto Costa, que cumpre prisão domiciliar na capital fluminense como parte dos benefícios do acordo de delação premiada em troca de uma redução de pena.
De acordo com o Ministério Público, o Principado de Mônaco bloqueou uma conta de dez milhões de euros em nome de Zelada, que ocupou a direção de Internacional da Petrobras entre 2008 e 2012 substituindo Néstor Cerveró, também preso em Curitiba pelo mesmo caso. Segundo o MPF, fora a conta bloqueada, foram € 11 milhões enviados para Mônaco e outro US$ 1 milhão para a China. O salário mensal dele na Petrobras era de R$ 100 mil.
A 15ª fase da operação foi realizada nesta quinta-feira no Rio de Janeiro e em Niterói com o cumprimento de quatro mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva, o de Zelada.
Enquanto alguns executivos e políticos acusados tem prisões midiáticas, muitas vezes sendo soltos logo, segue o processo de privatização da Petrobras como no caso da possível abertura de capital da BR Distribuidora e também a entrega do pré-sal para a exploração privada, bem como privatizações a preço de banana, como no caso do campo do pós-sal vendido à Shell. Por outro lado, trabalhadores terceirizados e de empresas que produzem para a Petrobras são os mais penalizados, com demissões e atrasos nos salários e benefícios, caso de estaleiros e também operários de fábricas que produzem para a empresa.
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