×

Primárias Eleitorais na Argentina | Mais de 500 referências feministas, LGBT, dos direitos humanos, artistas e escritoras chamam a votar na chapa encabeçada por Myriam Bregman

Rumo às eleições primárias (PASO) de 13 de agosto na Argentina, a chapa encabeçada por Myriam Bregman, do Partido dos Trabalhadores Socialistas (PTS), partido irmão do MRT, continua somando apoios e já são mais de 500 apoiadoras referências do feminismo, do movimento LGBTQIAP+, da arte, da comunicação, da cultura e da luta contra a repressão e impunidade que se manifestaram pela pré-candidata da Frente de Esquerda e dos Trabalhadores Unidade (FIT-U).

sexta-feira 11 de agosto de 2023 | Edição do dia

“É um grande orgulho”, disse Bregman, referindo-se às mais de 500 lideranças do movimento de mulheres e do ativismo LGBTQIAP+ que se manifestaram em todo o país com uma contundente carta de apoio: “ela representa a voz de todas nós que denunciamos que se pintam de arco-íris os Ministérios enquanto se corta o orçamento para combater a violência de gênero, enquanto às vítimas da violência é negado um teto como em Guernica [NdT: região no conurbano de Buenos Aires em que, durante a pandemia, a polícia do governo peronista despejou inúmeras famílias, gerando uma grande luta social por moradia na qual o PTS esteve na linha de frente] enquanto se calam diante de cada desaparecimento como o de Tehuel, e enquanto os professores e profissionais de saúde estão condenados a viver com salários de miséria, como em Salta ou Jujuy”, diz o texto assinado por intelectuais, acadêmicos, artistas, escritores, jornalistas, lideranças dos direitos humanos e da luta contra a impunidade.

Com uma reunião que fizeram no bairro Congreso, eles voltaram a expressar isso nestes dias. “Foi muito emocionante”, diz Bregman, e destaca que estiveram presentes, entre outras, atrizes como Noemí Frenkel, Anahí Gadda e Mirta Israel; a comediante Flora Alkorta; a ex-deputada portenha Patricia Walsh, as lutadoras contra a impunidade Laura Bretal e Celina Rodríguez; as referências feministas Claudia Korol, Mabel Bellucci e Andrea D’Atri, que lidera a chapa de legisladores portenhos de Bregman na CABA, junto com Jorge Adaro e Alejandrina Barry, entre muitos outros. Nesta semana continuaram se somando mais sinais de apoio aos candidatos da Frente de Esquerda.

“Para as mulheres e LGBTs nunca nos foi dado nada. Tudo o que conseguimos foi graças as enormes lutas que demos, organizadas, nas ruas, construindo coletivamente uma agenda em comum, mesmo nas nossas diferenças", disse Bregman, que sublinhou que "é por isso que este apoio não só me enche de orgulho, mas também de uma grande responsabilidade, porque sabemos também que todo direito conquistado deve ser defendido contra figuras misóginas e machistas que aparecem para virar a pauta e todas as discussões para a direita”, diz Bregman.

Para a pré-candidata a presidente pela FIT-U, “o desafio é que, com essa força, nossas pautas de combate à violência de gênero, da implementação das cotas trans nos locais de trabalho e para que seja garantido trabalho com direitos, do acesso à moradia, da interrupção legal da gravidez, da educação sexual laica e científica, da separação entre Igreja e Estado, entre muitas outras reivindicações que temos, cheguem às eleições gerais de outubro, para lutar para que nossa voz seja ouvida em todos os cantos do país ".

A chapa encabeçada por Bregman como candidata presidencial, junto com Nicolás del Caño, também militante do PTS, é formada por centenas de combatentes de todo o país. Referências da luta pelo direito à moradia e contra a precarização do trabalho, mulheres que apoiam as fábricas ocupadas e recuperadas junto com seus colegas; professores e agentes de saúde, de diversas indústrias, dos vinhedos, do tabaco e limão, trabalhadores rurais; referências na luta contra o extrativismo e pela defesa dos territórios; jovens estudantes secundaristas, terciários e universitários dão vida a esta chapa em cada local de estudo, trabalho e em cada bairro.

“Eles são os protagonistas desta campanha à plenos pulmões que estamos promovendo desde baixo, em todo o país”, diz Bregman, lembrando que entre esses referentes estão “companheiros como Andrea D’Atri, que é a fundadora do grupo internacional de mulheres socialistas Pan y Rosas, com quem lutamos para que uma feminista socialista entre na legislatura de Buenos Aires, despertando grande apoio nacional e internacional, assim como Natalia Morales, que junto com Alejandro Vilca e o resto dos constituintes da FIT, denunciaram a reforma de Morales e do PJ, sendo reprimida e detida por se opor ao pacto entre esses dois partidos que cogovernam Jujuy há anos, e hoje ela luta para levar essa voz ao Congresso Nacional", afirmou.

“Contra todos os conservadores, a rebeldia é feminista e de esquerda”, diz o texto assinado entre outros pela atriz Leticia Bredice e integrantes das Atrizes Argentinas como Noemí Frenkel e Elvira Onetto; as musicistas Paula Maffia e Julieta Laso, as filósofas feministas Diana Maffía, Danila Suarez Tomé e Alejandra Ciriza; as escritoras Gabriela Cabezón Cámara, Dolores Reyes, Claudia Aboaf e Cecilia Szperling; a roteirista e comediante Flora Alkorta; Celeste McDougall, especialista em ESI; ativista feminista queer e pesquisadora Mabel Bellucci; Martha Rosenberg, uma das fundadoras da Campanha Nacional pelo Direito ao Aborto Legal, Seguro e Gratuito; integrantes da EcoFeminita, como Agostina Mileo e China Rodríguez; as comunicadoras Claudia Korol e Liliana Daunes; a ativista pela diversidade corporal e promotora da Lei do Tamanho, Brenda Mato, em apoio a Myriam Bregman. “Não cedemos a rebeldia à direita, porque ela é nossa”, sustentam, e assinalam que “feministas e dissidentes votam em feministas e dissidentes, por isso dizemos ’Myriam Presidente”.

Entre outros, a ilustradora Romina Ferrer, a fundadora do “Mujeres que no fueron capa” Lala Pasquinelli, a jornalista Adriana Meyer e Paula Bonomi também assinam a carta. As integrantes da Campanha Nacional pelo Direito ao Aborto Legal, Seguro e Gratuito, María Alicia Gutiérrez, Viviana Norman, Miranda Gonzalez Martín, Yanina Waldhorn e Maria Julia Constant; o líder da Frente Popular, Darío Santillán; a Corriente Plurinacional e membro da Cadeira Livr, Virginia Bolten e Celina Rodríguez Molina; María Laura Bretal, ex-presidiária desaparecida e militante feminista abolicionista de Las Azucenas La Plata; a educadora popular e ex-deputada portenha Laura García Tuñón, entre outras.

O texto, junto com as centenas de assinaturas, pode ser lido abaixo, e compartilhado neste link: Contra toda a direita, a rebelião é feminista e da esquerda. Junte-se para apoiar Myriam Bregman!




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias