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REPRESSÃO | Macapá: Estudantes detidos em Ato Contra a PL 5069/13

Três estudantes foram detidos em manifestação contra a PL 5069/13 de Cunha e do PT em Macapá (AP)

quinta-feira 19 de novembro de 2015 | 10:58

Na última terça-feira (17), mulheres e coletivos do Movimento Estudantil de Macapá, realizaram o ll Ato contra Eduardo Cunha e sua PL 5069, que representa um retrocesso histórico para todas as mulheres do Brasil.

O segundo ato foi realizado na frente da Assembleia Legislativa do Estado do Amapá, a mesma que deu à Eduardo Cunha o título de “cidadão honorifico amapaense”.

O ato foi marcado por diversas discussões entre mulheres que evidenciavam quão retrógrada e reacionária é a PL 5069/13.

Com diversas falas e poesias, foi realizada também uma performance com tinta vermelha para realizar intervenção artística. Os homens passavam então a tinta nas mulheres, para representar simbólicamente todo o sangue derramado pelas mulheres mortas que não sobreviveram a um aborto clandestino.

Foi jogada também uma lata de tinta na placa da Assembleia Legislativa do Amapá, manchando-a, e surpreendentemente a Polícia Militar que já estava no local, e reprimiu os estudantes que estavam ali. Três estudantes foram detidos com truculência. Foram encaminhados em um camburão da PM ao Departamento de Polícia Civil de Macapá, onde foram colocados em celas.

Parte do ato seguiu até a Praça da Bandeira e alguns acompanharam os detidos, estes foram mantidos no CIOSP (Centro Integrado de Operações de Segurança Pública).

A truculência da Polícia era evidente, tanto com a advogada que defendia os detidos, quanto com os ativistas presentes. Gritavam e se exaltavam o tempo todo a custa de querer ridiculariza-la, e a pressão era duas vezes maior por se tratar de uma mulher. O mandato do Senador Randolfe Rodrigues, se solidarizou e mandou um advogado para ajuda-la com o processo burocrático e cansativo.

O tempo de espera da liberação foi de seis horas, com pais, amigos e ativistas esperando os companheiros detidos. O delegado demorou cerca de seis horas, e foi liberando um de cada vez. Vários militantes, pais, apoiadores do movimento estavam lá fora, a espera da libertação dos militantes. Até então, não foi notificada nenhuma punição a mais, somente foi registrado um B.O sobre o ocorrido.

Os companheiros presos são dois militantes do Levante Popular da Juventude e uma da Juventude ÀS RUAS!, membra da Executiva Estadual da ANEL Amapá.

Não estamos em 1964, mas continuamos a ter presos políticos no governo Dilma e do PT, e sob o governo estadual do PDT. A Polícia segue cumprindo seu papel, reprimir os que lutam e escorraçar os setores oprimidos.

A “casa do povo”, ALAP, não se importa com o sangue das mulheres, negros, e LGBTs derramado todos os dias, mas se importa e pune ativistas por fazer intervenção artística com tinta guache solúvel em água.

Natasha Noelle, militante detida da Juventude ÀS RUAS! e membra da Executiva Estadual da ANEL comentou ao Esquerda Diário: “É urgente que o Movimento Estudantil, Ativistas Independentes, a Oposição de Esquerda da UNE e principalmente a ANEL, entidade que compomos e construímos, se coloquem na defesa dos presos políticos da ALAP. O que aconteceu na terça-feira foi inaceitável e precisa de resposta.”




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