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Paralisação 23/04 | MG: 3 propostas do Nossa Classe Educação para a luta da educação contra os ataques de Zema

Diante da campanha salarial e contra diversos ataques de Romeu Zema, os trabalhadores da educação têm feito diversas paralisações, que nesse momento são regionais e, portanto, menores e mais isoladas. Essa é a estratégia da direção estadual do SindUTE, que deveria estar construindo nas bases as condições para responder aos ataques com uma forte greve por tempo indeterminado, nos unificando com as greves da educação pelo país, em especial dos professores e técnicos administrativos das universidades e IFs. Portanto, apresentamos essas propostas aos trabalhadores da educação para que possamos avançar em nossa luta.

terça-feira 23 de abril | Edição do dia
Foto: trabalhadores da educação em 2023. Ricardo Barbosa.

1. Greve por tempo indeterminado fortemente construída em cada escolas junto à comunidade escolar para destravar nossa verdadeira força

Somos os trabalhadores da educação mais mal pagos do país, aumentando a precarização da educação. Mas os ataques do governo zema não são apenas econômicos: quer nos deixar de mãos atadas para lutar contra o NEM e as privatizações, atacando nossa categoria e nosso direito de greve com a ajuda do judiciário. Diante disso, direção estadual do nosso sindicato organiza paralisações regionais, isolando nossa categoria de si mesma e minando nossa força em um momento em que a eficacia das paralisações, já com data para repor, são bastante questionadas nas escolas. Basta! Temos que responder à altura para conquistar o pagamento do piso salarial, o rateio do FUNDEB e um plano de carreira com iguais direitos para designados com relação aos efetivos, derrotando os ataques com relação ao IPSEMG.

2. Reuniões em urgência de conselhos regionais por subsedes com representantes eleitos em cada escola para fortalecer a organização desde as bases

Uma greve por tempo indeterminado tem que ser construída desde as bases. Propomos que todas as subsedes estejam no chão das escolas para debater com os trabalhadores e organizar a eleições de um representante por turno de cada escola, para ser um elo com a comunidade escolar e a base de nossa categoria tomar para si os rumos da nossa mobilização. E que em todas as subsedes aconteça uma reunião de representantes da base em urgência. Nossa verdadeira força está na nossa luta unificada entre efetivos e designados, professores, ASBs, ATBs, estudantes e famílias.

3. Pela organização dos trabalhadores independente de governos, patrões, e sem confiança no judiciário

A extrema direita segue viva no país, e o governo Zema é a prova disso. Mas governos como o dele estão se apoiando no reajuste zero imposto pelo Arcabouço Fiscal do governo de frente ampla Lula-Alckmin aos servidores federais para também negas os reajustes nos estados e municípios. Uma negociação entre PT e PL foi o que levou o reacionário Nikolas Ferreira à pasta da educação. A conciliação de classes fortalece a extrema direita. A direção estadual do nosso sindicato leva a mesma política de conciliação de classes, apostando nas negociações junto a parlamentares da direita na ALMG e impedindo espaços de organização de base de nossa categoria.

Temos que nos organizar de forma independente de governos e patrões. Confiar na força da luta da nossa classe, que está em lutas e greves por todo o país, como os técnicos-administrativos e professores das universidades e institutos federais, e seguindo exemplos como o dos professores do Ceará, onde o governo do PT do Estado e a direção sindical da CUT e CTB estão juntos contra os trabalhadores em luta, mas eles deram um recado: aqui quem manda são os professores! Sem independência de classe não é possível tomar as rédeas da nossa luta para avançar.

A CUT, CTB, CNTE e UNE têm que chamar uma paralisação nacional da educação pelo atendimento das pautas de trabalhadores da educação em greve pelo país, contra as medidas antigreve das governos e do judiciário, pelo piso salarial e pela revogação do NEM, unindo trabalhadores e estudantes. Batalhamos para que o dia de paralisação estadual dos servidores indicado para 08 de maio, quando teremos nossa próxima paralisação estadual da educação, seja uma data para que as bases de cada categoria como a educação, saúde, eletricitários e trabalhadores da Copasa possam tomar a construção da paralisação em suas próprias mãos para ser um dia efetivo de luta que seja parte de um plano de lutas para uma verdadeira greve geral do funcionalismo em Minas Gerais, sem confiança em partidos da direita e nem nas polícias.

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