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PM assassina | Invasão a hospitais, ameaças, mortes: polícia de Tarcísio aterroriza Baixada Santista com Operação Escudo

A segunda fase da sanguinária Operação Escudo de Tarcísio de Freitas já chega a 20 vítimas assassinadas pela Polícia Militar do estado de São Paulo. A operação se iniciou no último dia 2 de fevereiro, na Baixada Santista, após a morte do soldado da Rota Samuel Wesley Cosmo em Santos.

sexta-feira 16 de fevereiro | Edição do dia

Essa verdadeira operação de vingança é denunciada por moradores da região que relatam diversos abusos da polícia, com abordagens violentas, invasão de casas, policiais escondidos fazendo tocaia para abordar moradores. Familiares de vítimas afirmam que policiais estão indo nas unidades de saúde que os feridos estão internados para tirar fotos, como do servidor público Juan Ribeiro de Araújo, de 27 anos, que levou dois tiros a queima roupa. A polícia ainda matou Hilderbrando Simão Neto, de 24 anos, que era deficiente visual, e Davi Gonçalves Dias de 20 anos, dentro de casa de Hilderbrando. Os jovens estavam reunidos com os familiares em casa, em Saõ Vicente.

“Teve uma família, que eu atendi, que o policial entrou na casa da pessoa, começou a revirar a casa toda e pediu pra mulher: ‘fala pra essa criança calar a boca, senão eu vou te matar aqui na frente dela’. As crianças não podem ver policial que já começam a tremer e a chorar. É revoltante”, afirma líder comunitária da comunidade México 70, em São Vicente, para o site Ponte.

Os requintes de crueldade são claros, como o caso de Gabriel da Silva Batista de Sena, de 14 anos que morreu após ser baleado por uma equipe da Polícia Rodoviária na Rodovia dos Imigrantes. Além do caso mais emblemático da morte do catador de material reciclável José Marcos Nunes da Silva, de 45 anos, morto a tiros dentro de sua casa, na favela de Sambaiatuba, em São Vicente, a gritos e pedidos de socorro, clamando por sua própria vida.

A primeira fase da Operação Escudo no ano passado, protagonizou uma das maiores chacinas do estado de São Paulo, com 28 pessoas assassinadas pela PM no Guarujá, na Baixada Santista, após a morte do PM da Rota Patrick Bastos Reis. Naquele momento, Tarcísio parabenizou o trabalho da polícia afirmando que estava “extremamente satisfeito” com o rastro de sangue. Operação que foi marcada por várias execuções e torturas pela PM, com o próprio Conselho de Direitos Humanos da ONU se posicionando contra a operação.

A ofensiva racista segue com o banho de sangue no Litoral Paulista, com o governo do estado anunciando um aumento no efetivo para região, com 400 novos policiais militares. Essa medida vai avançar ainda mais na repressão do estado que é são parte de aprofundar e garantir os planos de ataques de Tarcísio pra agradar sua base de extrema-direita, assim como as privatizações dos serviços públicos como a Sabesp e Metrô, que são respaldados pelas medidas do governo Lula-Alckmin, com o Arcabouço Fiscal, e que agora acena e sauda a "parceria" com o governo de extrema-direita e assassino.

Em mais essa operação, a polícia demonstra seu caráter racista e sanguinário, verdadeiro cão de guarda da burguesia que com o amparo do Estado segue massacrando o conjunto da população negra e pobre para garantir a manutenção das misérias e violências do sistema capitalista. É preciso organizar uma luta decidida contra Tarcísio e seu corja, e arrancar justiça para todas as vítimas da violência do estado, rumo ao fim da polícia. Tarefa essa que só a classe trabalhadora de forma independente, aliada a todos os setores oprimidos, pode fazer.




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