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PESQUISA | Governo Bolsonaro deixa toda área de Humanas fora de prioridades para bolsas de pesquisa

A portaria Nº 1.122 do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), de 19 de março de 2020, estabelece como prioritários projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovações de cinco áreas de tecnologias que englobam diversos setores, porém as Ciências Humanas não estão incluídas.

quinta-feira 26 de março de 2020 | Edição do dia

A portaria Nº 1.122 do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), de 19 de março de 2020, estabelece como prioritários projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovações de cinco áreas de tecnologias que englobam diversos setores, porém as Ciências Humanas não estão incluídas.

A Portaria define como prioritários projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovações voltados das áreas de tecnologias: Estratégicas; Habilitadoras; de Produção; para Desenvolvimento Sustentável; e para Qualidade de Vida. Cada uma dessas áreas abrange diversos setores.

“A área de Tecnologias Estratégicas contempla os setores espacial, nuclear, cibernética e segurança pública e de fronteira. Já Tecnologias Habilitadoras incluem inteligência artificial, internet das coisas (IoT), materiais avançados, biotecnologia e nanotecnologia. A área de Tecnologias de Produção abrange indústria, agronegócio, comunicações, infraestrutura e serviços. Em Tecnologias para o Desenvolvimento Sustentável estão cidades inteligentes, energias renováveis, bioeconomia, tratamento e reciclagem de resíduos sólidos, tratamento de poluição, monitoramento, prevenção e recuperação de desastres naturais e ambientais, além de preservação ambiental. A última área, de Tecnologias para Qualidade de Vida, envolve os setores de saúde, saneamento básico, segurança hídrica e tecnologias assistivas.”, segundo nota do próprio MCTIC.

Esse é mais um ataque à ciência e ao pensamento crítico por esse governo obscurantista e terraplanista, que se soma ao corte de milhares de bolsas da CAPES. Enquanto isso, o Banco Central injetará R$1,2 trilhão no mercado financeiro para socorrer as fortunas e os lucros dos mais ricos em meio a uma pandemia.

Os constantes ataques do governo Bolsonaro à pesquisa nas áreas de história, ciências sociais, direito, pedagogia, filosofia e tantas outras mostra seu projeto de país, onde cada vez mais se suprime as reflexões sobre as formas de estruturação da sociedade, capacidade de análise e crítica, e qualquer questionamento à ordem hegemônica burguesa. Esse aspecto toma ainda mais dimensão frente à crise do coronavírus que expõe as contradições mais nojentas desse sistema que abre mão da vida das pessoas. A lógica que perpassa tudo isso é uma só: lucrar. Trata-se de uma visão mercantilista de educação e ciência, que se volta exclusivamente aos interesses do mercado, em detrimento do uso do conhecimento científico para possibilitar uma vida digna e plena para a classe trabalhadora, a juventude e todos os povos oprimidos.




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