quinta-feira 3 de setembro de 2015 | 04:27
Frente ao cenário político nacional de polarização entre o PT e os partidos da direita os metroviários de São Paulo reafirmam que não querem nenhum destes setores lhes representando daqui para a frente. Militantes do Movimento Revolucionário de Trabalhadores nas últimas semanas iniciaram um amplo trabalho de base nas estações das Linhas 1 - Azul e Linha 3 - Vermelha, assim como em Operadores de Trem da Linha 3 do Metrô de São Paulo, e por via de um abaixo-assinado constataram que centenas de trabalhadores são favoráveis que o MRT possa disputar suas ideias no PSOL.
O sentimento de revolta contra a atual conjuntura, aberta em junho de 2013 com grandes manifestações da juventude nas ruas reivindicando mais educação, saúde e transporte de qualidade, seguido este por centenas de greves de trabalhadores nos últimos dois anos, ainda está em disputa pelos partidos políticos.
Se por um lado a direita e o PT são os que hoje clamam pelo apoio da população em manifestações organizadas por estes partidos no último mês, grande parcela da sociedade diz: nem PT, nem direita! Aqueles que aprovam os ajustes do governo para que os trabalhadores paguem pela crise causadas por eles mesmos, são os mesmos que hoje privatizam as linhas do Metrô de SP, sucateiam os transportes e aumentam a terceirização dos serviços no Metrô e a nível nacional.
Nenhum destes setores, que hoje têm seus partidos e lideranças totalmente questionados, portanto podem representar os anseios dos trabalhadores atualmente, e é por isso que o MRT defende hoje que os revolucionários devem poder disputar politicamente estes setor de jovens e trabalhadores que estão cansados de palavras ao vento dos políticos burgueses, corrupção e miséria. Nesse sentido que o MRT hoje já conta com mais de 300 assinaturas de metroviários a favor de sua entrada no PSOL (além de fotos de apoio como podem ver neste link), expressando que os revolucionários sim devem ter espaço dentro deste partido para expressar suas ideias nacionalmente. Seguiremos avançando na campanha em outras áreas, aprofundando o debate da necessidade hoje de construir uma alternativa revolucionária para os trabalhadores diante a crise política.
