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Porto Alegre | Contra a privatização do Trensurb, todo apoio à greve dos metroviários!

Reunidos em assembleia nessa sexta-feira, 5 de maio, os trabalhadores do Trensurb decidiram fazer uma greve de 24 horas na segunda-feira, 8 de maio, contra a privatização da empresa e também em defesa do adicional de vida dos seguranças. É preciso cercar essa greve de solidariedade até a vitória!

sexta-feira 5 de maio de 2023 | Edição do dia
Foto: Sindimetrô RS

O Trensurb está na mira da privatização há anos, mas foi no governo Bolsonaro que o processo avançou de fato e a empresa entrou no Programa Nacional de Desestatização (PND) para ser vendida. O governo Lula-Alckmin retirou empresas como o Correios, a EBC e outras, mas manteve o Trensurb. No início desse ano, não fez nada contra a privatização em curso do metrô de BH e agora no Recife os trabalhadores estão se mobilizando contra a venda de lá. Já se passaram mais de cinco meses desde janeiro e o presidente da empresa é o mesmo indicado pelo Bolsonaro, que foi escolhido a dedo para acelerar o processo de privatização. Ou seja, o governo está disposto a manter as privatizações que o governo Bolsonaro organizou - mas os trabalhadores estão dispostos a resistir.

Esse foi o recado dado durante as assembleias que ocorreram essa semana no pátio da empresa, na zona norte de Porto Alegre. Centenas de trabalhadores passaram pelas assembleias e decidiram, de forma unânime, pela greve de 24 horas. E alertaram que essa é uma greve de 24 horas para agora, mas que pretendem ampliar a mobilização até garantir que a empresa não será vendida. Também está em jogo o adicional dos seguranças do Trensurb que foi cortado recentemente e a categoria quer esse adicional de volta.

São incontáveis os casos, Brasil afora, em que a empresa é privatizada e milhares de trabalhadores são demitidos, a tarifa começa a subir e o serviço precarizar. A privatização é um crime e serve somente para enriquecer o bolso de alguns poucos acionistas. A Carris foi privatizada no ano passado e estamos vendo o desmonte que a prefeitura de Melo está fazendo, com vários cobradores sendo demitidos, as linhas superavitárias sendo passada para as privadas e os empresários lucrando com o transporte público.

Por isso essa greve do Trensurb é tão importante. É uma greve em defesa do patrimônio público. É preciso cercá-la de solidariedade ativa, convencendo colegas e a população sobre a importância de se defender o Trensurb e os postos de trabalho. As centrais sindicais, como a CUT e CTB, e entidades estudantis deveriam estar organizando uma grande força-tarefa para fortalecer a greve, com participação nas ações dos trabalhadores e ajudando a publicizar essa causa. O Esquerda Diário está à disposição dos trabalhadores. As últimas greves, como a do metrô de BH e a de São Paulo, mostraram que o caminho para se enfrentar os ataques e as privatizações é o caminho da unidade da categoria e a união com os usuários do transporte - não a aliança com os empresários e a direita, como o governo Lula vem fazendo. Se essa greve triunfa, é um ponto de apoio muito importante para todos os trabalhadores do país que estão sofrendo com a carestia de vida, o desemprego, a inflação e os efeitos das reformas neoliberais que o país vive há alguns anos.




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