×

ELEIÇÕES USP | Chamado por um espaço de debate do balanço da greve e tarefas do movimento visando a conformação de uma chapa comum para o CAELL

Fazemos um chamado para convocação unitária de um espaço conjunto de debate de balanço da greve e das tarefas que o movimento estudantil tem pela frente com o Rebeldia/Balalaica e o conjunto dos estudantes que atuaram no processo com uma perspectiva alternativa e crítica ao DCE, buscando avançar em debates para avaliar a conformação de uma chapa comum para o CAELL 2024.

terça-feira 21 de novembro de 2023 | Edição do dia

A greve que nós estudantes da USP protagonizamos neste último mês reviveu o movimento estudantil na universidade, após quase uma década desde a última. Conforme buscamos expressar neste balanço é preciso tirarmos as lições para poder preparar nossos futuros embates. No curso de Letras, parte fundamental da vanguarda do processo, tivemos a importante conquista, arrancada com a força da luta, da reabertura do ranqueamento para o coreano, mas sabemos como a permanência do edital de mérito e a falta do gatilho automático vão seguir significando um cenário de precarização do nosso curso, exigindo novas batalhas.

Essa situação reforça ainda mais a necessidade de entendermos quais foram os problemas que ocorreram no curso da greve, o que, para nós da Faísca, significa compreender profundamente o papel da direção do DCE e Centros Acadêmicos na luta.

Para além disso, para o próximo período serão necessários centros acadêmicos e entidades estudantis que estejam a altura de se enfrentar com a declaração de guerra aos trabalhadores e à juventude dada pelo governo Tarcísio. Mesmo com a escandalosa situação de apagão que vivenciamos nas últimas semanas e que escancara as consequências das privatizações para a população, seu governo de extrema direita avança com um plano privatista para cima da SABESP, do Metrô e da CPTM, que certamente também irá impactar na USP. Esse mesmo plano privatista é financiado pelo BNDES e facilitado pelo arcabouço fiscal de Haddad-Lula-Alckmin e seu governo de frente ampla, que já deixou muito claro que está a serviço dos interesses dos grandes empresários e banqueiros, cedendo até mesmo um ministério para o Republicanos, partido de Tarcísio.

Por isso, batalhamos por entidades independentes do governo Lula, de todos os governos e instituições, e das reitorias. Pela unidade com os trabalhadores, como fizemos com os trabalhadores da USP durante a greve, e agora fazemos chamando a fortalecer a greve unificada do dia 28/11 contra Tarcísio. Por um movimento estudantil com auto-organização democrática pela base. E que busque voltar a cumprir um papel frente às grandes questões da realidade, como é, hoje, a necessidade da maior solidariedade com o povo palestino contra o massacre promovido por Israel. Portanto, por uma política alternativa à do DCE no movimento estudantil. E chamamos es estudantes que foram vanguarda dessa greve, também buscando construir uma política alternativa à do DCE, a debater conosco a formação de uma chapa em comum nas eleições do CAELL.

O coletivo Rebeldia é uma corrente que se coloca no campo da independência política dos governos e reitorias no movimento estudantil, o que em momentos anteriores para nós justificou diversos chamados a uma atuação unitária com todos os setores que defendem essa concepção, incluindo nas últimas eleições do CAELL, DCE e do Congresso da UNE.

Ao longo de todo o processo da greve se demonstraram divergências com a atuação des companheires, em especial com a assinatura por parte do Rebeldia da carta unificada com as correntes do DCE e Afronte, que em seu conteúdo defendia o fim da greve em seu momento mais chave, no qual era possível se apoiar nas camadas mais ativas do processo para buscar fortalecer o movimento e dobrar a reitoria. Ou mesmo agora que es companheires estão saindo em chapa conjunta na Faculdade de Direito com o coletivo Juntos, que dirige o DCE da USP.

Mas, mesmo diante dessa e de outras diferenças que temos, fazemos também aes companheires esse chamado a construirmos conjuntamente um espaço de debate sobre o balanço da greve e as tarefas do movimento estudantil, para verificar a possibilidade de uma chapa unificada, pois, achamos que o discurso de alternativa à política do DCE não pode ser abstrato. Devemos aprofundar esse debate a partir das lições da greve, como uma experiência concreta que permitiu testar acordos e diferenças na prática, demonstrando a potencialidade que poderia ter tido a greve se tivéssemos uma outra direção política que não se adaptasse ao baixo teto da reitoria e das institucionalidades acadêmicas.

É pensando nisso que queremos abrir um diálogo com todos os estudantes que estiveram na linha de frente da luta, construindo comissões e GTs e se consideram oposição a essa política de adaptação do DCE, e abrir esse diálogo também com o Rebeldia, num sentido de construirmos um espaço conjunto em que possamos aprofundar nosso balanço do processo da greve e debater as tarefas que temos pela frente, junto aos estudantes do curso que foram linha de frente e querem construir um centro acadêmico combativo em uma perspectiva de, a partir deste debate, avaliar a possibilidade de conformar chapas comuns para fortalecer uma real oposição a política da atual direção do ME da USP, com independência dos governos, unidades com os trabalhadores, e organização democrática pela base.

Preencha o forms caso seja estudante da Letras USP e queira fazer parte desta reunião.




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias