Nesta sexta (19) centenas de pessoas saíram às ruas do Centro de Porto Alegre em protesto contra a calamidade e o descaso que a população trabalhadora da cidade vem sofrendo com a falta de luz e água em muitos bairros nos últimos 3 dias. Esse descaso todo mostra a precarização que a privatização da CEEE vem atingindo a vida da população.
sexta-feira 19 de janeiro | Edição do dia
Nesta sexta (19) centenas de pessoas saíram às ruas do Centro de Porto Alegre em protesto contra a calamidade e o descaso que a população trabalhadora da cidade vem sofrendo com a falta de luz e água em muitos bairros nos últimos 3 dias. Os manifestantes protestam contra a precariedade e a demora que a Prefeitura e a CEEE, empresa de energia privatizada, para conseguir restabelecer todos de energia elétrica na cidade.
Desde de terça-feira, quando uma forte chuva causou grandes estragos na região metropolitana da capital gaúcha, 1,3 milhão de pessoas ficaram sem luz em casa. Sendo o maior número de pessoas afetadas devido a um evento climático nos últimos 10 anos.
Vários protestos vêm ocorrendo em diversos bairros da cidade desde a data de ontem. Já foram registradas mais de 25 manifestações. Além da falta de luz, a falta de água vem afetando bastante a vida de muitas famílias. Devido a falta de energia, as bombas de muitos abastecimentos de água não funcionam. Isso só piora a situação, principalmente das famílias mais pobres e periféricas que no meio de um verão com ondas de calor sofrem na pele todos os efeitos da catástrofe climática.
Nós do Esquerda Diário seguiremos dando todo nosso apoio à justa revolta da população contra as condições desumanizantes impostas pela prefeitura, o governo do estado e os empresários, que lucram milhões com a precarização dos serviços públicos que assumiram. Contra a repressão da Brigada Militar, da Guarda Municipal e a censura dos grandes meios de comunicação ligados umbilicalmente aos empresários que mantêm os governos nos bolsos, é preciso fortalecer a mobilização unitária e avançar em uma luta pela reestatização da CEEE sob controle dos trabalhadores e da população.