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Chacina, tortura e assassinatos | Após chacinas e torturas no Guarujá, moradores abandonam suas casas. O Estado é responsável

A operação racista de Tarcísio de Freitas na Baixada Santista em São Paulo completa 30 dias. Moradores relatam deixar suas moradias por medo da repressão policial.

terça-feira 29 de agosto de 2023 | Edição do dia

FOTO: Reprodução

A operação racista de Tarcísio de Freitas na Baixada Santista em São Paulo completa 30 dias e já fez 23 mortos. Moradores relatam deixar suas moradias por medo da repressão policial. A chacina que já é a segunda maior da história da polícia militar paulista, atrás apenas do massacre do Carandiru, foi presenciada por moradores que relatam medo de viver no local.

Após um assassinato, testemunhas contam terem ouvido gritos de socorro enquanto o homem era torturado. Cortes de faca, queimaduras de cigarro e alicates para arrancar as unhas são alguns dos métodos que o braço armado do Estado usou.

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A ideia de uma polícia humanizada se mostra a cada dia mais delirante. As câmeras das fardas não estavam sendo usadas no momento da tortura e as imagens nem sequer foram cobradas pela Justiça racista, que por meio de "técnicas" constatou que não houveram "excessos" nos assassinatos.

Tarcísio, que goza de prazer com toda a repressão e morte, se apresenta como uma alternativa ao bolsonarismo em 2026, e com verbas dadas pelo governo de frente ampla do PT ostenta viaturas novas e mais aparato para a polícia reprimir cada vez mais.

Toda essa degradação das condições de vida não está descolada da atuação do governo do PT, que com um discurso de derrotar o bolsonarismo por via da frente ampla vem mantendo de pé todo plano econômico e repressivo de Bolsonaro com o financiamento e legitimação das polícias, a não revogação das reformas e mais recentemente o brutal ataque do Arcabouço Fiscal, o novo teto de gastos que limita o investimento em saúde e educação atingindo diretamente as camadas mais vulneráveis.

Pelo fim das operações sanguinárias das polícias em todo Brasil, pelo fim dos tribunais militares que aliviam os assassinos, pela revogação das reformas, Arcabouço Fiscal e Marco Temporal que aprofunda o massacre aos povos originários. Exigimos o fim das operações policiais e que os movimentos sociais, centrais sindicais e estudantis como a CUT, CTB e UNE, armem um plano de luta organizado nos locais de estudo e trabalho com uma mobilização nacional e unificada pra exigir justiça pelos mortos pela polícia. Que todo ódio e indignação seja transformado em luta organizada contra a violência policial e a ideologia da extrema direita!

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