Contra as ameaças do Governo, uma importante manifestação se dirige para a Praça de Maio, em Buenos Aires. Javier Milei segue a operação de dentro do Departamento de Polícia Federal junto de Patrícia Bullrich. Dezenas de organizações manifestam pelo direito de se manifestar e contra o ajuste. Até o momento há três detidos.
quarta-feira 20 de dezembro de 2023 | Edição do dia
Na tarde desta quarta e apesar dos operativos de repressão e intimidações que o governo nacional está implementando desde de manhã, uma importante mobilização se dirige à Praça de Maio.
Así la Polícia de la Ciudad detuvo al menos a tres personas en el marco de la marcha por los 22 años del 20 de diciembre de 2001 pic.twitter.com/8CUnNYqDhT
— La Izquierda Diario (@izquierdadiario) December 20, 2023
O governo nacional, com a presença de Javier Milei, Patricia Bullrich e Sandra Pettovello acompanha os acontecimentos desde o Departamento de Polícia, mostrando abertamente sua atitude repressiva. Querem aprovar um pacote de ajustes com repressão.
Contudo, dezenas de organizações sociais, políticas, sindicais, estudantis e de direitos humanos se manifestam em direção à Praça de Maio.
A pesar de las provocaciones y el amedrentamiento, la marcha llegó a Plaza de Mayo pic.twitter.com/gvR2Oz7yH5
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"Intentaron hacer un cordón para que no nos podamos movilizar pero como lo hemos demostrado históricamente, la fuerza del pueblo trabajador y de los sectores populares no se puede contener con un protocolo ni con la represión", declaró Claudio Dellecarbonara en la marcha. pic.twitter.com/w4ek1UZOBG
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Inclusive, o governo implementou forças federais, como a Polícia Federal, na cidade de Buenos Aires, numa clara atitude ilegal.
Otra provocación ilegal de Bullrich: Gendarmería y la Federal amedrentando en CABA pic.twitter.com/JkwEvpNKLd
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Da coletiva de imprensa com a ministra da segurança, Patrícia Bullrich, os dirigentes da Frente de Esquerda saíram em resposta às ameaças de repressão e reiteraram a convocatória para esta quarta-feira, dia 20 de dezembro. A concentração está para às 16h30 simultaneamente desde a Diagonal Norte e Florida, e Diagonal Sul e Belgrano, o PTS se concentrará na Diagonal Norte e Esmeralda. Desde esses pontos se dirigirão à Praça de Maio. Será o primeiro protesto massivo contra o novo governo que acaba de lançar um ajuste brutal.
O ajuste e as medidas anunciadas por Caputo, que atingem milhões de pessoas em situação de pobreza e piorarão a já crítica situação social atual, agora se somam às ameaças públicas e inconstitucionais que realizou Patrícia Bullrich. Os anúncios da ministra, que mencionam por alto que o direito ao protesto é contemplado pela Constituição, são uma confissão de que o ajuste não será “contra as castas”, mas contra milhões de pessoas que vivem de seu trabalho e de seu salário e que terão suas condições de vida diretamente afetadas.
As declarações de Bullrich, ademais, mostram que o Governo pretende impor suas medidas de terrorismo econômico contra a população com ameaças, repressão e perseguição contra qualquer um que se manifeste contrário a esse plano. Um erro grosseiro que já foi cometido durante o macrismo, quando anunciou seu “protocolo antipiquetes” que naufragou rapidamente e deixou claro como não se pode conter os protestos através de um decreto enquanto se aumenta a pobreza e a miséria. Essa nova tentativa pretende ir pelo mesmo caminho, mas será difícil que consiga a aprovação necessária, sobretudo com o crescente descontentamento produto da situação social e da inflação descontrolada que generaliza a desvalorização e as tarifas elevadas.
Diante disso, os líderes da Frente de Esquerda (FIT-U) saíram para responder publicamente. “Neste dia 20 de dezembro estaremos mais uma vez nas ruas, acompanhando todas as reivindicações, exercendo o direito de manifestação e mostrando que somos milhares os que não aceitam que este ajuste brutal seja pago pelos trabalhadores”, disse Myriam Bregman.
Este 20 de diciembre vamos a estar en la calle una vez más, acompañando todos los reclamos, ejerciendo el derecho a manifestarnos y mostrando que somos miles los que no aceptamos que este ajuste brutal lo pague el pueblo trabajador
— Myriam Bregman (@myriambregman) December 14, 2023
Por sua vez, também acrescentou Nicolás del Caño e Christian Castillo, destacando que o ajuste e as medidas anunciadas esta semana são “para que poucos possam encher os bolsos” e afirmando que neste dia 20 de dezembro haverá “dezenas de milhares mobilizados, exercendo nosso direito constitucional de protestar".
La casta gobierna ajustando al pueblo trabajador para que unos pocos se llenen los bolsillos. Este 20 de diciembre vamos a ser miles ejerciendo nuestro derecho a la protesta contra el plan motosierra de Milei-Caputo.
— Nicolas del Caño (@NicolasdelCano) December 14, 2023
El 20/12 vamos a ser decenas de miles los que nos movilicemos contra el "caputazo", ejerciendo nuestro derecho constitucional a la protesta
— Christian Castillo (@chipicastillo) December 14, 2023
Os dirigentes do Partido Obrero (PO) e do Polo Obrero também fizeram declarações públicas após os anúncios de Bullrich. Em coletiva de imprensa, reforçaram o chamado e questionaram a “ilegalidade” do que disse o ministro. “Há ameaças depois de um plano de guerra. Patrícia Bullrich veio ameaçar quem vai protestar”, disse Eduardo Belliboni. Gabriel Solano se expressou no mesmo sentido: “Reafirmamos o direito de protestar, de manifestação, que é o direito de se defender frente a tamanha agressão”.