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Após ganhar milhões | Amazon planeja despedir 18.000 trabalhadores

Após um vazamento no Wall Street Journal, a empresa do terceiro homem mais rico do mundo, que confirmou o aumento no número de trabalhadores que pensa em demitir de 10.000 para 18.000. Apesar de ter obtido lucros multimilionários durante a pandemia, Amazon busca ajustar seu negócio despedindo trabalhadores.

sexta-feira 6 de janeiro de 2023 | Edição do dia

A Amazon vai demitir mais de 18.000 funcionários, um número recorde resultado da soma dos 10.000 anunciados em novembro e das que farão nas próximas semanas, informou nessa quinta-feira a empresa de eletrônico estadunidense.

A empresa, propriedade de Jeff Bezos, o terceiro homem mais rico do mundo, que obteve lucros multimilionários durante a pandemia seguindo outras empresas de tecnologias que começaram com uma política de demissão em massa para garantir manter a lucratividade no próximo período.

A notícia se deu após um furo do Wall Steet Journal. Segundo uma nota interna enviada aos trabalhadores pelo CEO da empresa, Andy Jassy, a decisão tem sido “particularmente difícil” devido a uma incerteza econômica e ao alto número de contratos feitos nos últimos anos.

“Em novembro, comunicamos a difícil decisão de eliminar vários cargos em nossos negócios de dispositivos e livros, também anunciamos uma oferta de redução voluntaria para alguns empregados na área de Pessoas, Experiência e Tecnologia” relembra Jessey, que acrescenta que nesse momento já disse que esperava mais demissões.

A maioria das demissões anunciadas ontem se centraram nessa última divisão e nas lojas da Amazon.

A empresa anunciou que as demissões começarão a partir de 18 de janeiro. Amazona já havia anunciado junto a outras empresas de tecnologia como Meta, Netflix, Twitter e Lyft que começariam um corte massivo com demissões em diversas áreas.

Essas empresas são propriedade das pessoas mais ricas do mundo: Bezos, Elon Musk, Mark Zuckerberg, entre outros. Durante a pandemia as tecnologias lucraram bilhões de dólares, lançando esses empresários a níveis de riqueza jamais imaginados para uma só pessoa em toda a história da humanidade.

Muitos de seus trabalhadores, no caso da Amazon, todos eram considerados essenciais durante a pandemia de COVID-19 e abrigados a trabalhar incluindo os que estavam doentes ou se expondo ao risco de contagio, sem ter equipamentos de proteção individual, que as empresas negaram durante muito tempo a fornecer.

Na verdade, esse foi um dos motivos de diversos protestos dos trabalhadores da Amazon nos Estados Unidos que exigiram esses equipamentos básicos de segurança, com também poder gozar de atestados em caso de contaminação. Bezos se negou durante meses a reconhecer essas demandas básicas. A raiva acumulada pelos trabalhadores da Amazon levou ao longo da pandemia um grande esforço na busca por sindicalizar-se para conquistar seus direitos frente uma empresa que utiliza os piores métodos de perseguição e assedio para evitar a organização e os protestos dos trabalhadores.

Agora a empresa disse que contratou muitos empregados durante esse período e que agora não pode manter essa estrutura. Para Amazon não se trata de perder dinheiro mas de ganhar menos do que ganhava antes. Para os trabalhadores, que durante o o ultimo período trabalharam em condições deploráveis e com ritmos extenuantes, significa perder seu emprego e seus salários. São 18.000 famílias que ficaram na rua. A organização e luta que vem travando são chave para enfrentar a prepotência dessas empresas.




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