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SECUNDARISTAS | Alunos ocupam e resistem na Escola Estadual Diadema

quinta-feira 12 de novembro de 2015 | 23:50

Os alunos do período noturno da E. E. Diadema (antigo CEFAM) continuam acampados no refeitório do colégio. A ocupação começou na noite de segunda-feira e “pegou a todos de surpresa”, segundo o professor de história Paulo Cézar de Souza.

Os alunos se manifestam contra o fim da reorganização das escolas proposta pelo Governador Geraldo Alckmin. A reorganização decreta o fim das atividades em 94 escolas em todo o estado. Na E.E. Diadema as aulas seriam suspensas no ensino médio noturno. A instituição é uma das melhores da cidade segundo o Idesp (Índice de Desenvolvimento da Educação no Estado de São Paulo).

A secretaria estadual de educação afirma que os prédios que serão fechados serão encaminhados para as prefeituras ou para o Centro Paula Souza que administra as ETECs (Escolas Técnicas). No caso de escolas que fechariam em apenas um horário, como é o caso do CEFAM, a afirmação é de que não existe demanda para que as aulas continuem. Os alunos discordam.

Esses alunos-manifestantes já conseguiram o apoio da Câmara Municipal de Diadema e a promessa da Diretoria Regional de Ensino, que o fim das atividades do ensino médio será parcial e gradual, tendo um fim completo em 2017, quando se formariam os alunos que hoje estão no primeiro ano do ensino médio.

A promessa é de que a ocupação continuará enquanto o governo não voltar atrás com a reorganização. Os alunos tem recebido apoio da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo), de estudantes universitários da USP, Unifesp e de coletivos educacionais

como o “Mal Educados” e a Rede Emancipa, além de outras instituições.

Apesar do apoio, a escola possui a presença de pelo menos uma viatura da Polícia Militar para acompanhar a movimentação dos alunos. Até agora não ocorreu nenhuma situação de violência.

Na noite de 12/11 (quinta-feira), a diretora Silvia Guedes começou a restringir a entrada dos alunos na escola, dizendo que o governador por meio de um decreto havia determinado a suspensão das aulas. Ela porém, não apresentou nenhum documento que comprovasse o fato.

Esperamos que o governo Alckmin perceba que fechar as escolas e tratar os alunos como marginais não é o caminho para uma educação de qualidade.




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