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PARALISAÇÃO NACIONAL ARGENTINA | "A paralisação foi forte em todo o país, não só no transporte mas também na indústria e nos serviços"

Os deputados do PTS-FIT Christian Castillo e Nicolás del Caño referiram-se à forte onda de greve em todo o país com notícias vindas de diferentes províncias.

quarta-feira 1º de abril de 2015 | Edição do dia

O deputado e dirigente do PTS-FIT Christian Castillo declarou na manhã de ontem em um ato na Panamericana: "Podemos afirmar sem medo de errar que a paralisação foi forte em todo o país. Foi uma medida com mobilização massiva não só no transporte mas também na indústria e nos serviços. A raiva dos trabalhadores deu força a esta medida, que milhões fazem não só pelo imposto e por salário, mas também contra a inflação, contra o trabalho precário, por eleições livres e sem metas, contra as demissões e suspensões entre as principais demandas. Com esta força está se realizando uma grande greve nacional, apesar da burocracia sindical a ter chamado por seus próprios interesses, buscando se acomodar com o próximo governo".

Por sua parte, o Deputado Nacional do PTS-FIT Nicolás del Caño, também presente na manifestação da Panamericana, contou que "recebemos informes dos companheiros de todo o país. A força da paralisação foi impressionante, e é a base para dar continuidade ao plano de luta para conseguir as demandas de todos os trabalhadores, já que o governo prefere acusá-los e seguir pagando milhões de dólares de dívida externa e dando grandes benefícios aos empresários."

Del Caño continuou dando um mapa da greve, de acordo com as notícias recebidas de todo o país por parte dos correspondentes da esquerda e do sindicalismo combativo:

"Na Zona Norte da Grande Buenos Aires, que é a principal concentração industrial do país, houve centenas de fábricas paralisadas no cordão industrial. Entre elas, grandes multinacionais nas quais trabalham milhares de operários, como Kraft, Fate, Pepsico, Stani, Lear, WorldColor, Procter & Gamble, a ex Donnelley, Ford, Toyota, Metalsa, Gestamp, as do pólo químico de Zárate, entre muitas outras.

No transporte a paralisação foi total. Na já anunciada paralisação de ônibus e trens, nos informou nosso companheiro Claudio Dellecarbonara que todas as linhas do metrô se detiveram, apesar do sindicato de direção kirchnerista não ter aderido à medida. A isto se somam na área metropolitana os cortes nos acessos à Capital e fortes greves de aeronáuticos e telefonias estatais, do comércio, professores e muito mais. Aos atos da Panamericana e a Puente Pueyrredón se soma também o ato que se realizou na Zona Oeste na travessia de Gaona e Vergara com a presença de "Pollo" Sobrero, Luis Sucher do Hospital Posadas e outros combativos referentes da zona como Romina del Pla del SUTEBA La Matanza, motoristas de Ecotrans e outros.

Em La Plata se realizou um ato na rotatória de acesso à autopista La Plata-Buenos Aires com um grande contingente de mais de 300 trabalhadores e jovens estudantes da região. Participaram os SUTEBA combativos, trabalhadores do Astillero Río Santiago, estatais de Desenvolvimento Social, IOMA, ATE, referentes da CICOP e a Federação Universitária de La Plata.

A paralisação foi muito mais forte no interior do país. Em Córdoba bloquearam a Puente Centenario, enquanto que a paralisação de ônibus foi total, como a dos caminhoneiros, coletores de lixo, judiciais, Luz e Força, abastecimento de água, motoristas de táxi, bancários, aviação, ferroviários e municipais. O pátio da Fiat esteve paralisado.

Desde Rosario, a jornada começou cedo em Gran Rosario com um piquete que paralisou a fábrica Liliana SRL, e depois fizeram um ato na Autopista Rosario-Santa Fé. No cordão industrial de Rosario pararam azeiteiros, químicos, portuários e estatais.

Desde Mendoza, o corte das avenidas San Martín e Colón foram a voz e o símbolo de uma greve muito forte na província, a qual convocou, entre outros a CTA provincial.

Em Neuquén, exceto o sindicato dos comércios e UPCN, todo o restante dos sindicatos foram parte da medida: não funcionam os ônibus, o aeroporto, as estações de serviço, os bancos, a coleta de resíduos, não há aula nas escolas, não funcionam as repartições públicas, enquanto que nos hospitais há apenas atendimentos mínimos. Os trabalhadores petroleiros também aderiram massivamente à medida, a fábrica Molarsa está parada. Se destacam na greve os setores combativos como a Junta Interna do Hospital Castro Rendón, ATEN Zapala e o sindicato ceramista, que desde as 11 cortaram a ponte Neuquén-Cipoletti.

Em Rio Negro, em Cipolleti e General Roca, a paralisação foi sentida no transporte público, caminhoneiros, bancários e estatais.

Em Jujuy a paralisação foi total. Pararam o transporte, bancários, a Frente de Grêmios estatais e a Intersindical de Trabalhadores estatais. Os sindicatos de professores não aderiram, mas, com a greve do transporte e de porteiros, não há aula. Além disso, os trabalhadores de coleta paralisaram totalmente o serviço e realizaram um corte de SEOM, trabalhadores de coleta, o PO e o PTS da FIT. Outro ato de SEOM foi realizado no edifício municipal da rua Éxodo.

Em Tucumán, os setores combativos realizaram um ato na ponte Lucas Córdoba para denunciar a situação que vive a maioria dos trabalhadores, em uma província em que 50% dos trabalhadores são negros.

Em Chubut, a greve foi significativa em Aluar de Puerto Madryn.

Em Santa Cruz se destacou a greve massiva de professores e estaduais, assim como municipais de distintas localidades.




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