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Questão Palestina | A guerra de Israel contra o povo palestino e a política externa do Governo Lula

Os últimos dias foram marcados por uma escalada no conflito entre Israel e Palestina. As dolorosas cenas de civis mortos em Israel foram seguidas pela conduta bestial do sionismo israelense contra a Faixa de Gaza, encabeçados pelo governo de extrema direita de Netanyahu.

segunda-feira 16 de outubro de 2023 | Edição do dia

Em alguns dias, são mais de 2500 palestinos assassinados, mais de 700 crianças, além de mulheres e idosos, com utilização de bombas de fósforo branco proibidas por convenção internacional, verdadeiros castigos coletivos contra civis, com destruição de hospitais, escolas e caravanas civis em fuga. O exército israelense cortou acesso a bens básicos de sobrevivência na Faixa, como água e eletricidade, e impede que os palestinos saiam da região pela única passagem possível ao Egito, a de Rafah. Não se trata de “auto-defesa” de Israel, é um massacre coletivo realizado por um dos exércitos mais bem armados do mundo, com o apoio de Joe Biden, Macron, Rishi Sunak e todas as potências imperialistas que foram responsáveis por investidas militares no Oriente Médio nas últimas décadas, e que patrocinam a política criminosa de Netanyahu.

Essa bestialidade do colonialismo israelense vem sendo apoiada pelo imperialismo e pela grande imprensa, que no Brasil agita a demonização dos palestinos, com a repulsiva classificação dos palestinos como “terroristas”, impulsionada fervorosamente por Bolsonaro e sua extrema direita, que aplaude a carnificina de Israel. A grande imprensa faz coro ao bolsonarismo ao acobertar os crimes de guerra de Netanyahu e de Israel.

Diante disso, como presidente temporário do Conselho de Segurança da ONU, o Brasil fala de cessar fogo, de “paz” e da “defesa das crianças”. Lula fala repudiando quase que em pé de igualdade a ação do Hamas e a ação militar que o exército de Israel vem tendo, bombardeando indiscriminadamente casas de civis, hospitais, escolas e até abrigos de refugiados da ONU, apoiado pelo imperialismo norte-americano e europeu, matando indiscriminadamente as crianças e mulheres palestinas sob o discurso de "guerra ao terrorismo" e do "direito de defesa". O exército de Israel que está bombardeando as crianças e a população palestina, inclusive usando bombas de fósforo branco, atirando mísseis em palestinos que se deslocam pela Faixa de Gaza.

Frente ao bombardeio indiscriminado de civis, equipes de socorro, o bloqueio de energia, água, mantimentos e o cárcere a céu aberto que impede a fuga de palestinos em Gaza, fica claro que é absurda a comparação entre ações de um grupo militar, cujos métodos não compartilhamos e que não pode ser identificado com a população palestina, e ações terroristas e genocidas praticadas por Israel.

A solução do conflito na palestina só pode passar pelo combate direto à política de apartheid praticada pelo Estado Israelense contra a população da faixa de Gaza. Para isso, é necessário liquidar sua base material. É por isso que a única saída verdadeiramente progressista é lutar por uma Palestina operária e socialista, porque somente um Estado que tenha como objetivo acabar com toda a opressão e exploração pode garantir a coexistência democrática e pacífica entre árabes e judeus, como primeiro passo para uma federação socialista no Oriente Médio.

Leia também: 11 vezes em que Israel praticou limpeza étnica, apartheid e terrorismo contra a Palestina

O governo brasileiro precisa romper todas as relações diplomáticas e militares com Israel

É preciso erguer uma grande campanha de solidariedade internacional, denunciando a mídia alinhada com o imperialismo e toda a expansão colonial de Israel sobre o território palestino com seus assentamentos. O sionismo desumaniza e assassina os palestinos há 76 anos, com uma política colonial apoiada militarmente pelos Estados Unidos e a OTAN.

Estamos ao lado da resistência do povo palestino, sem que isso implique compartilhar da estratégia e dos métodos do Hamas, que visa estabelecer um Estado teocrático de caráter burguês. Defendemos o direito à autodeterminação nacional do povo palestino e lutamos por uma Palestina operária e socialista onde árabes e judeus convivam em paz.

Defendemos o legado da IV Internacional de Trótski que sempre se colocou contra a criação do Estado ilegítimo de Israel, apoiado pelo Stalinismo em 1948. Como parte da Fração Trotskista, internacionalmente nos somamos aos atos em apoio ao povo palestino e repudiamos os ataques e perseguições dos governos capitalistas em todo mundo contra todos os que defendem a causa palestina, como na França, em que a população realizou um ato de milhares em Paris erguendo as bandeiras palestinas contra Macron, ou na Argentina, em que os partidos da burguesia, em meio a uma campanha presidencial, fazem calúnias contra a esquerda e a candidata Myriam Bregman, que enfrentou os genocidas antissemitas que encabeçaram o golpe militar de 76, e que sempre defendeu os palestinos contra o terrorismo sionista..

Abaixo os bombardeios e a intervenção militar israelense! O povo palestino tem o direito de se defender!

Liberdade já para os presos políticos palestinos como Georges Ibrahim Abdallah, preso na França desde 1984.

Não ao envio de armas para Israel e o apoio dos EUA. Ruptura de todos os acordo políticos e militares com Israel.

Palestina livre do rio ao mar!

Assista: Como entender os bombardeios de Israel a Gaza?




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