De autoria da deputada Alejandrina Barry, da Frente de Esquerda/PTS, foi apresentado um pedido de interpelação: “Ilegalmente, Patricia Bullrich montou uma megaoperação com forças federais violando a autonomia de Buenos Aires. Macri e o ministro da segurança, Waldo Wolff, devem explicar todas as irregularidades, detenções ilegais e repressão injustificada. “Não estamos em estado de sítio”, disse Barry.
quinta-feira 1º de fevereiro | Edição do dia
Nesta quarta-feira, 31, nas mediações do Congresso Nacional, a ministra de Segurança Nacional, Patricia Bullrich, desencadeou uma megaoperação com forças nacionais violando a autonomia da cidade de Buenos Aires. Uma operação de intervenção federal com o único objetivo de comandar ela mesma a repressão ao direito de protestar. “O chefe do governo, Jorge Macri, e o ministro da segurança de Buenos Aires, Waldo Wolff, devem dar explicações sobre o porquê desta intervenção quase federal. Ao mesmo tempo, devem ser responsabilizados pelas ações dos policiais militares sem identificação pessoal e portando distintivos da Libertad Avanza (partido de extrema-direita, liderado por Javier Milei), bem como pelas detenções ilegais e repressão injustificada dos manifestantes”, afirmou Alejandrina Barry, deputada da Frente de Esquerda.
Nesta quinta-feira, Barry apresentou um pedido de interpelação acompanhada de seus pares Gabriel Solano e Cele Fierro , onde exigem expressamente: “O chefe do governo de Buenos Aires, Jorge Macri, e o ministro da segurança da cidade de Buenos Aires, sejam convocados às instalações, para efeitos “de serem interrogados sobre a sua responsabilidade na delegação, sem qualquer tipo de autorização no território da Cidade Autônoma de Buenos Aires, de uma megaoperação comandada pela Ministra da Segurança Nacional, Patricia Bullrich.”
[AHORA] "No estamos en estado de sitio": la legisladora Alejandrina Barry, del Frente de Izquierda, exigió que la Gendarmería se retire "inmediatamente" de la puerta del Congreso.
📹 @Barry__Ale https://t.co/bagvbq0URT pic.twitter.com/oFJvcZOJbo
— ElCanciller.com (@elcancillercom) January 31, 2024
Alejandrina, fazendo parte da manifestação, denunciou as ações da megaoperação repressiva montada ilegalmente e, com o consentimento das autoridades de Buenos Aires, foram verificadas uma série de irregularidades, como oficiais da polícia militar portando armas de fogo, sem identificação pessoal e até portando a insígnia do partido La Libertad Avanza, conforme denunciou a deputada federal Myriam Bregman.
Los gendarmes que trae Bullrich se identifican con las fuerzas del cielo. Patético. pic.twitter.com/Kd2vPnkJ2g
— Myriam Bregman (@myriambregman) January 31, 2024
“Esta operação repressiva foi montada contra aposentados, assembleias de bairro, organizações sociais e políticas, incluindo meu colega deputado federal Alejandro Vilca, o líder piquetero do Polo Obrero, Eduardo Belliboni, e líderes da FIT como Patricio del Corro, prendendo mulheres que exerciam o seu direito legítimo de protestar, entre os quais estava Ivana Bunge, ativista da UCR, detida ilegalmente. Essas mulheres nem estavam bloqueando a rua, mas sentadas na praça, mais uma demonstração de que não se importam com o trânsito, mas sim com a proibição e/ou intimidação dos protestos sociais ”, declarou Barry.
Ao mesmo tempo, denunciou que “esta repressão a que devem responder incluiu muitas lesões provocadas pelo spray de pimenta que usaram, que, como relataram os médicos que os trataram, é um material novo, quase uma tortura, uma vez que quando em contato com a pele gera queimaduras químicas com fortes dores, levando a diversas internações .”
Concluindo, Alejandrina declarou: “A ‘Lei Ônibus’, o DNU e o ajuste do governo só podem acontecer com repressão, é para isso que serve Patricia Bullrich. Enquanto isso, até o próprio presidente denunciou em suas redes sociais propinas entre deputados para aprovação. A única maneira de parar tudo isto é com a massa nas ruas e enquanto as assembleias populares cantam com uma greve geral até que todo o plano de Milei caia.