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Imperialismo | 500 mil protestam contra guerra em Berlim, mas terminam pedindo militarismo da UE

Em Berlin, aproximadamente 500.000 pessoas se reuniram no último dia 27, e dezenas de milhares em Colónia, Praga, Amsterdã e Copenhague. Na França também ocorreram mobilizações, porém em proporções muito menores. Na Rússia as manifestações seguem ocorrendo, e a contagem de presos políticos já passa de 7K entre 50 cidades.

sexta-feira 4 de março de 2022 | Edição do dia

No meio da ocupação militar da Ucrânia pelas forças russas, o governo alemão (SPD) sob discurso de paz aprovou um orçamento histórico de 100 bilhões de euros para as Forças Armadas da Alemanha. Você pode ler os detalhes deste ataque imperialista neste texto aqui: “Rearmamento histórico do imperialismo alemão: 100 bilhões de euros para as forças armadas”.

Foi massivo, mas não exatamente um protesto contra a guerra: os organizadores, seguindo o governo alemão, fizeram campanha por mais militarismo. O estado alemão, atualmente dirigido pelo Partido Social-democrata (SPD), contou com ONGs, igrejas e outras organizações da “sociedade civil” para pressionar por mais militarismo no ato do dia 27/02. Nesta tarde de domingo, quase meio milhão de pessoas se manifestaram em Berlim contra a guerra na Ucrânia sob a consignas a favor do militarismo. Um dos oradores ucraniano pediu ao governo alemão que envie mais armas para a Ucrânia. Outros oradores pediram sanções financeiras adicionais contra a Ucrânia. Lembramos que as sanções financeiras, aplicadas pelos países mais ricos do mundo, nada mais são do que outra forma de violência imperialista.

Esse movimento reacionário do SPD revela mais uma vez onde estão os interesses da social-democracia alemã: alinhados com o imperialismo. Na Primeira Guerra Mundial, assassinaram R. Luxemburgo e K. Liebknecht por se levantarem contra a burocracia do SPD e mobilizar a classe trabalhadora contra a guerra, uma luta que se expressou na batalha contra os créditos de guerra, esse que foi aprovados somente com somente um voto contrário, o voto de Liebknecht, sob a consigna “nem um centavo pra guerra e pro militarismo”. O movimento das burocracias que gerem o estado alemão vão na contramão das primeiras mobilizações que ocorreram na Europa nos primeiros dias após o início da invasão, e que ecoava um claro grito “Não à guerra! Nem Putin nem a OTAN! Grita a juventude em manifestações pelo mundo”.

Você pode se interessar pela "Declaração da Fração Trotskista pela Quarta Internacional sobre a guerra na Ucrânia".




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