A greve dos trabalhadores dos transportes nas principais cidades, mantida desde quinta-feira passada, dá uma sensação de paralisação em toda a França. Enquanto isso, o novo dia de mobilização nacional está preparado para esta terça-feira, contra a reforma previdenciária de Macron.
Redação
Na quinta, dia 5 de dezembro, após a demonstração de força do movimento operário no dia histórico de greve geral na França contra a reforma da previdência de Macron, um trabalhador ferroviário e uma trabalhadora do metrô enfrentaram e deixaram completamente sem argumentos o Secretário do Transporte francês em um dos programas de televisão mais vistos durante a tarde.
Revolution Permanente
Traduzimos aqui o texto de Claudia Cinatti, do La Izquierda Diario Argentina sobre os rumos dos levantes no nosso continente.
Claudia Cinatti
[De Paris] Neste artigo, o autor faz uma recapitulação do ocorrido nos recentes dias de greve e manifestações na França; sua dinâmica inicial de greve política geral, mas com direções sindicais que buscam limitar suas potencialidades; as assembleias reais, comitês de greve e coordenação, a unidade com os Coletes Amarelos, estudantes, etc. como chaves para o desenvolvimento do movimento; e as perspectivas da esquerda (...)
Juan Chingo
O mapa da irrupção do movimento de massas na América Latina hoje é muito mais extenso do que o do ciclo 2000-2003, ou o de 2013, que a essa altura concentrou-se no Brasil. De Porto Rico, Honduras, Haiti, Equador, Chile, Colômbia, à resistência ao golpe na Bolívia, o terreno para a luta de classes vem sendo preparado. São processos que, com especificidades e dinâmicas particulares, passam por diferentes momentos e situações, mas constituem um ciclo em que tudo parece indicar que chegou para (...)
Matías Maiello
A França amanheceu praticamente paralisada pela greve do transporte, refinarias e por dezenas de sindicatos que rechaçam a reforma no sistema de pensões.
Dezenas de milhares de trabalhadores, estudantes, movimentos populares e sociais, juntamente com setores indígenas, estiveram presentes ativamente neste novo dia de mobilização. A juventude é o setor mais expressivo nas manifestações, enquanto as lideranças sindicais mantêm uma posição ambígua entre a rua e a "mesa de diálogo".
Milton D’León
O primeiro dia de greve na França paralisou setores estratégicos, como transporte e refinarias. Segundo a CGT, 1.500.000 pessoas se mobilizaram em todo o país. Como seguir?
A greve geral na França é massiva entre os ferroviários e no transporte. Sete refinarias também estão em greve, assim como toda a educação. Há um ambiente explosivo nas ruas de Paris, onde se mistura o espírito dos coletes amarelos com os setores tradicionais do movimento operário.
La Izquierda Diario
A mobilização na França se insere em um contexto internacional marcado por contestações populares que colocam em questionamento as desigualdades e a exploração. Razões mais do que suficientes para preocupar os capitalistas franceses.
Philippe Alcoy Revolution Permanente
Em cada escola e distrito de Paris, em cada cidade, professores se organizam em assembleias para discutir e resolver medidas de luta nesses dias de greve.
Clima de jornada histórica na estação do Norte-La Rouge antes do início da manifestação em Paris. Em uma assembleia geral, as e os ferroviários votaram a favor do prolongamento da greve e elegeram um comitê de greve para assumir a direção da luta.
Hervé Prigent
Marie Castañeda
Ferroviários, professores, estudantes, funcionários públicos e privados entram em greve na França. Se espera a maior ação de greve em décadas e pode durar vários dias.
O "Governo interino" de Guaidó cambaleia em meio às fortes disputas entre Vontade Popular e o Primeiro Justiça (partido político da Venezuela). A trama de corrupção e o que estaria em jogo nas disputas de poder.
A greve contra a reforma da previdência de Macron começa neste dia 5 de dezembro, e pode se converter na mais importante greve na França em décadas.
Um ano após o início do movimento dos colete amarelos, abre-se uma nova etapa. Tudo indica que a greve geral de 5 de Dezembro na França, convocada contra a reforma da previdência de Macron, será sem precedentes em décadas.
A greve contra a reforma da previdência de Macron começa este 5 de dezembro. Inclui os principais sindicatos do transporte, trens, professores, estudantes, correios, hospitais e refinarias. São esperadas diversas jornadas de greve sucessivas.
Na última terça-feira, dia 3, cerca de 100 túmulos foram pichados com suásticas e dizeres antissemitas em um cemitério judeu na Alsácia, região ao leste da França que faz fronteira com a Alemanha e Suíça.