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CONSTITUINTE NO MÉXICO | São oficializadas as candidaturas de Sergio Moissen e Sulem Estrada para Constituinte

terça-feira 19 de abril de 2016 | Edição do dia

Desde o inicio da campanha de aspirância a candidatura independente da Plataforma Anticapitalista, denunciamos que Miguel Ángel Mancera, chefe de governo da cidade do México, e o presidente Enrique Peña Neto preparam uma Assembleia Constituinte antidemocrática. Isso porque de 100 legisladores da Constituinte, somente 60 vieram do voto popular. Os outros 40 serão indicados a dedo por Mancera, Peña Neto, deputados e senadores em exercício. Aqueles que governam e legislam contra o povo trabalhador.

O Partido Revolucionario Institucional (PRI) já tem assegurada uma cômoda maioria, e também já participaram do processo eleitoral com candidatos para a Constituinte, assim como o Partido Ação Nacional ( PAN) e o Partido da Revolução Democrática ( PRD) – ainda que estes últimos tenham menos representantes.

Independentes em desvantagem

Na maioria dos casos, os independentes participaram com grandes desvantagens frente aos partidos com registro, com curto prazo para a campanha e não podendo contar com mais recursos que os seus próprios. Dizemos a maioria e não todos, porque o amigo de Miguel Ángel Mancera, o cavaleiro Ismael Figueroa, apenas começara a campanha e já havia cumprido todos os requisitos, como anunciou o jornal El Universal.

A resolução, recém emitida de 17 de abril, de 38 fórmulas de independentes, somente aprovou 8, entre elas a da Plataforma Anticapitalista.

O respaldo que 214400 cidadãos da Cidade do México deram às candidaturas independentes não serão levados em consideração. Neste caso, por exemplo, a Plataforma Tua Constituinte, da qual fazem parte Mônica Tapia, Luis González Plascencia, Agustín Martínez, Gabriela Alarcón e Alfredo Lecona.

De acordo com as diretrizes estabelecidas pelas autoridades do INE à possibilidade de fórmulas para corroborar as assinaturas inválidas não está contemplada nem será parte do processo de validação, que é base do direito legitimo de solicitar a revisão das decisões tomadas pelas autoridades eleitorais.

Por sua vez, foi conhecida a decisão somente em 17 de abril, um dia antes do inicio da campanha eleitoral para a Constituinte, que coloca em clara desvantagem as candidaturas independentes em relação aos partidos com registro para desenvolver a campanha para a constituinte.

Não há tempo praticamente de prepará-la, frente ao Partido Revolucionário Instituicional (PRI), Partido Ação Nacional (PAN), Partido da Revolução Democrática (PRD) e o Morena, que contam com recursos, aparato e experiência para desenvolver suas campanhas nas eleições para Assembleia Constituinte.

Uma grande campanha militante

Durante o mês de março, a Plataforma Anticapitalista, impulsionada pelo Movimento de Trabalhadores Socialistas, iniciou uma grande campanha militante na Cidade do México. Dezenas de nossos militantes foram perseguidos e detidos pela polícia de Mancera.

Cumprimos com os difíceis requisitos exigidos pelo Instituto Nacional Eleitoral aos aspirantes a candidatos independentes: criação de uma associação civil em uma semana, incontáveis tramites burocráticos e a obtenção de mais de 102000 mil assinaturas – acima do requisito de 73492 exigidas do INE – de pessoas com domicilio na Cidade do México que garantiram a participação nas eleições.

Com o apoio de trabalhadores, estudantes, donas de casa, conseguimos arrancar deste regime antidemocrático a possibilidade de combater nesse processo eleitoral. Graças a todos que nos apoiaram, os quais não somente nos deram suas assinaturas, mas também ajudaram a conseguir mais.

É um fato histórico que tenha sido conquistado esta candidatura: que não tem laços de nenhum tipo nem com os empresários nem com o poder. Isto constitui um fato inédito. A plataforma Anticapitalista representa uma conquista para toda a classe trabalhadora e juventude: demonstra que as e os trabalhadores podem fazer política, independente de todas as variantes dos partidos que governam a serviço dos empresários e do imperialismo americano.

Esta candidatura deve ser apoiada pelas organizações de esquerda, de trabalhadores, de mulheres, de direitos humanos.

Que se escute a voz dos trabalhadores, das mulheres e da juventude.

Sergio Moissen, professor da UNAM e aspirante a candidato independente pela Plataforma Anticapitalista, assinalou “Vamos lutar em todos os terrenos para que a voz dos trabalhadores, das mulheres e da juventude se escute na Constituinte da Cidade do México. Temos um compromisso de vida na luta de direitos. Queremos um lugar na assembleia constituinte para que as demandas da classe trabalhadora e dos setores populares sejam debatidos na Constituição da Cidade do México”.

Por sua vez, Sulem Estrada, professora de ensino médio e ex-normalista, suplente de Sergio Moissen, acrescentou: “Convocamos a todas as organizações operárias, de direitos humanos e movimentos sociais a colocar de pé uma grande campanha em apoio a nossa Plataforma neste processo eleitoral. Não pode ser que os de cima sempre saiam com o seu. A história é nossa: escrevemos juntos nas ruas, nas escolas, nos locais de trabalho. Cheguemos a seu bunker, irrompamos ali com a voz da classe trabalhadora e dos setores populares. Conheçamos os segredos de como legislam e governam contra todos nós e denunciemos”.

Moissen acrescentou “ Queremos conquistar para os trabalhadores, as mulheres e a juventude uma tribuna desde onde denunciar todos e cada um dos atropelos que sofremos: a precarização do trabalho, a violência contra as mulheres, a exclusão da educação, a repressão e a criminalização do protesto social. Vamos pedir o voto para dizer o que ninguém dirá na Constituinte. Que o mínimo elementar é que os 100 constituintes sejam eleitos pelo voto popular. Que estamos fartos dos políticos a serviço dos ricos e que ganham salários milionários. E que somos algo novo, não representamos os interesses dos de cima, mas sim somos parte da juventude mexicana que está contra a militarização, a antidemocracia, a conivência dos políticos com o narco e pela aparição com vida dos 43 normalistas.

“Queremos o voto para conquistar uma tribuna desde onde expor nossas propostas para ampliar os direitos democráticos e da população.”
Por último, os aspirantes a candidatura independente da Plataforma Anticapitalista destacaram que participar dos comícios da Assembleia Constituinte da Cidade do México constituem um passo a diante na luta por direitos da classe trabalhadora, da juventude e das m

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