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MÍDIA | Manifesto Roda Viva: a mídia brasileira e seus afagos ao golpe

Recentemente foi publicado um Manifesto, assinado por artistas e intelectuais brasileiros, contra a utilização da música de Chico Buarque, “Roda Viva”, no título do programa da TV Cultura, segundo o qual a canção não pode fazer parte de um programa que na atualidade não cumpre seu papel na luta pela democracia.

Vanessa OliveiraProfessora do ABC

quinta-feira 17 de novembro de 2016 | Edição do dia

Os meios de comunicação de massa do Brasil sempre cumpriram e cumprem um papel crucial na formação de opinião da população, de modo a influenciar para que a ideologia burguesa se perpetue e atue com o “consentimento” dos brasileiros. Na maioria das vezes as mídias televisivas apresentam um discurso de julgamento velado, com justificativas cheias de senso comum e que de forma alguma levam os sujeitos a um conhecimento crítico e reflexivo.

A TV Cultura é a rede nacional pública e comercial considerada com um caráter educativo e cultural, na qual há 30 anos é apresentado o Talk-Show Roda Viva, programa que sempre foi destinado a um jornalismo de primeira qualidade, palco de entrevistas históricas com personalidades de diversas áreas. Nesta semana, o programa foi alvo de duras críticas.

Recentemente foi publicado um Manifesto contra a utilização da música de Chico Buarque, “Roda Viva”, segundo o qual a canção não pode fazer parte de um programa que na atualidade não cumpre seu papel na luta pela democracia. Artistas e intelectuais brasileiros, inclusive Chico Buarque, se colocam contra as medidas adotadas pelo programa que se tornou palco de bajulação e de um jornalismo de afagos com o governo Estadual e Federal.

O presidente Golpista Temer foi entrevistado recentemente pelos profissionais do programa, que de forma bem declarada optaram por enaltecê-lo falando sobre sua infância e seus sonhos de menino. Mostrando, nesse sentido, total acordo com as demais mídias televisivas em impulsionar o governo golpista e ocultar a triste realidade dos trabalhadores do país.

Segundo o manifesto, seguindo de abaixo-assinado:

"Essa Campanha conta com o aval do próprio Chico, que já se manifestou o seu profundo desagrado por ter sua obra atrelada ao servilismo indecente do programa. Mas nós queremos mais, queremos transformar esse manifesto em uma imensa campanha em defesa da democracia e de denúncia da relação promíscua entre setores da imprensa e segmentos políticos e empresariais. Convidamos a todos e todas a assinar o texto, ’pois quem tiver nada pra perder, vai formar comigo imenso cordão’."




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